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Estou sentada na frente da tal garota que esbarrei sem querer no dia do meu aniversário

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Estou sentada na frente da tal garota que esbarrei sem querer no dia do meu aniversário.

Ela está tentando puxar assunto, mas eu não estou nem aí.

Eu já não gosto muito desse lance de ser quem eu não sou só para ganhar fama, agora entrar em um namoro falso só para DAR fama para outra pessoa, já é bem acima do que eu posso fazer.

— Você é de falar pouco, né?

Na verdade, eu falo muito, mas não com você. Vontade de responder isso não falta, mas eu só dei um sorriso tímido e olhei para a janela.

Ela está com uma calça sarja e uma camisa social, ambas pretas, junto com uma jaqueta da mesma cor. Sua camisa está desabotoada perto do seu pescoço, e também está por dentro da calça. Um boné preto da New Era e um tênis casual, branco da Hulin.

Será que ela também está constrangida?

Está tocando uma música romântica em inglês. O clima lá fora está fresco, uma chuva calma caí pelo outro lado da janela. O clima perfeito para um jantar à luz de velas... pena que é com uma mulher.

— Você gosta de chuva?

— Quê? — despertei-me dos meus pensamentos e encarei a moça que estava me olhando.

— Seus olhos. Eles brilham quando você olha pela janela.

— Só gosto de sentir o cheiro dela e sentir o ar incrível que ela passa com uma pessoa especial... que não é você.

Ela riu discretamente com a cabeça abaixada.

— Direta. Gostei de você.

— Eu sou hétero, tá?

— Ninguém é hétero de verdade. Alguma vez na sua vida você deve ter sentido atração por uma mulher ou beijado uma amiga sua — ela deu uma pausa antes de continuar — no banheiro de alguma festa enquanto estavam bêbadas.

Quando eu era pequena, eu tinha muitas amigas, mas eu nunca beijei e nem senti atração por nenhuma delas, no mínimo, achei uma garota bonita. O nome dela era Otávia, ela era do nono ano e eu estava no sexto ano.

— Eu não bebo.

— Não foi o que pareceu ontem.

A Yoko tecnicamente me obrigou a beber. Eu realmente não gosto de cerveja ou qualquer bebida que tenha álcool.

— Quantos anos você tem? — ela quebrou um silêncio que estava entre nós, deixando o clima ainda mais constrangedor.

— Fiz vinte e dois ontem.

Ela arregalou os olhos.

— Sério?

Assenti.

— Desculpa pelo o mal entendido de ontem. Eu juro que não costumo ser assim, mas é que... não era o meu melhor dia — ela disse quase num suspiro.

Amor Em Frente Às Câmeras • Freenbecky G!P VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora