SEE YOU AGAIN - RYEJI

17. Parque de diversões

SEOUL - COREIA DO SUL
Quinta-feira, 2 de maio de 2024
11:47 A.M.

POV: Hwang Yeji

Está chovendo muito, e eu aguardo por minha mãe na porta da escola com Hyunjin.

Vejo Ryujin praguejando ao telefone, decido ir até ela. Não estamos nos falando muito, ela anda distante e estressada, nem está passando o intervalo com a gente na maioria dos dias.

–'Cê 'tá bem? Parece irritada - Pergunto baixo, tentando não deixar ela mais brava ainda.

–Minha mãe não me atende, e não tem como eu voltar a pé - Ela reclama.

–Seu pai não consegue te buscar também? - Ela não me responde imediatamente.

–Ele... Também não 'tá me atendendo - Ela fala receosa.

–Quer carona? - Questiono amigavelmente.

–Pode ser - Ela olha para baixo.

Ficamos em silêncio por alguns segundos, até que me lembro do que Hyunjin me falou.

–Escuta - Ela levanta o olhar, prestando atenção - Você 'tá meio 'pra baixo esses dias, e eu acho que você precisa dar uma animada - Ela continua em silêncio - Tem um parque de diversões aqui na cidade, vai ficar por aqui temporariamente, e eu acho que seria uma boa você ir comigo, se quiser, é claro - Por que eu 'tô tão nervosa? Não é como se fosse um encontro, né?

–'Cê 'tá me chamando 'pra um encontro, Hwang? - Ela fala rindo um pouco. Essa porra 'tá lendo minha mente?

–Besta! Claro que não! Só quero te animar um pouco - Ela parece entristecer de certa forma ao ouvir minha resposta.

Quando ela estava prestes a me dar uma resposta, Hyunjin nos chama, falando que nossa mãe chegou.

POV: Shin Ryujin

O caminho com os Hwang foi tranquilo, a atmosfera estava leve, e a mãe de Yeji conversava comigo tranquilamente.

O carro para em frente à minha casa, agradeço a carona e desço do carro, correndo para porta, na tentativa de evitar ao máximo ficar encharcada.

No momento em que abro a porta, sinto uma tremenda mudança de energia, está mais pesado.

Nos últimos dias discuti muito com minha mãe, ela está saindo quase todas as noites para beber, e se não sai, se embriaga em casa.

Ela está passando dos limites, ao invés de resolver seus problemas e superar o ocorrido de forma saudável, está bebendo até não aguentar mais.

Não posso dizer que não usei o álcool para amenizar a dor, mas ela está completamente descontrolada.

Não a vejo no primeiro andar, subo as escadas, indo até seu quarto. Não está lá. Vou até seu escritório, e finalmente a encontro, ao menos não está bebendo, e sim trabalhando.

Vidrada no computador, não parece perceber minha presença. Ela aparenta estar ocupada, então deixo de lado e vou até meu quarto, 'tô podre de sono, só preciso dormir um pouco.