Capítulo 26

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Estava ansiosa para cobrar a promessa dele, muito ansiosa

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Estava ansiosa para cobrar a promessa dele, muito ansiosa.

Seus lábios têm sido o meu maior anseio, descobrir como é a experiência de ser beijada, tem consumido os meus pensamentos. É por isso que sonho tanto com Pedro.

Sonhos que eu nunca deveria ter tido para começo de conversa, nós somos amigos. Amigos em um namoro de mentira.

Merda, isso é tão complicado. Não deveria ser assim.

A minha relação com o anjo tinha que se manter neutra para que ele não percebesse todos os sentimentos querendo transbordar de meu corpo, porque sim, vê-lo me deixava em parafusos. Eu parecia uma grande boba.

Mas a culpa era dele por ser tão incrível, tão perfeito para mim.

E, agora, enquanto me apegava a desculpa mais deslavada deste mundo, apenas para permanecer em sua casa, eu voltava a culpá-lo. Porque, se fosse sensata faria o meu check-in e permaneceria no hotel, mas a verdade é que, desejava passar meus dias o mais perto possível dele.

Seria uma enorme provação para a minha mente muito fértil, porém, por ele, valia esse esforço. Para garantir que sua promessa fosse cumprida, eu me apegaria a qualquer outra desculpa.

E bem, eu tinha uma plano a executar, se quisesse que tudo corresse perfeitamente deveria tê-lo próximo a mim. Só desta maneira, Pedro cederia a qualquer avanço meu.

Não minto, tive uma ajudinha da minha melhor amiga, que me deu os melhores conselhos de como chamar a atenção dele, e tinha tudo bem guardadinho em minha cabeça.

— Fique à vontade, norinha. E se precisar de alguma coisa pode pedir ao Pepeu ou a mim, meu quarto fica lá embaixo.

Sorri para ela, não contendo a vermelhidão em minhas bochechas.

Estava óbvio que Clara me queria o mais perto possível de seu filho, não que eu achasse ruim, era apenas divertido. Mas acho que tem a ver com o seu desejo de que ele construa uma família antes que ela se vá.

Se eu não fosse um pouco doida, poderia dizer que nunca pensaria em ter um filho só para agradar outra pessoa. Mas eu sou louca, muito louca, pois neste instante desejava poder realizar as vontades da minha sogra de mentira.

O que fazia de mim mais louca ainda. Nada disso era real.

— Muito obrigada, sogrinha — disse, somente para ver o sorriso satisfeito em seus lábios.

Eu tinha me afeiçoado muito a essa mulher nos últimos meses e era tão bom vê-la leve. Assim como o seu filho, queria que tivesse muita paz em seus últimos momentos. Clara merecia isso.

— Boa noite, meu bem. — Ela beijou a minha bochecha e deixou-me sozinha no quarto.

Suspirei, sentindo uma onda de sensações correndo por minha pele, principalmente a euforia por poder passar um mês inteirinho aqui, perto do meu anjo.

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