O futuro traiu Park Seonghwa.
Essa é sua crença, depois da morte de seu pai, Kim Narae, o render apenas um posto de importante e de reconhecimento junto aos membros do Alto na Colônia Oficial do Norte.
Ele odeia Kim Narae de todas as formas, desde...
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– ARCO 3 – •PARTE 2 - NOVO NORTE•
— Isso não vai funcionar. — Chae repete, talvez essa seja e terceira vez em que ela diz a mesma coisa em menos de vinte minutos.
— E tudo bem, se não funcionar. — Eu digo. — Uma hora tem que dar certo. É por isso que estamos fazendo isso.
Eu coloco, com cuidado, mais um tanto de água do mar que eu trouxe para o Casper antes de partirmos da Ilha de Jade na panela piedosamente doada por senhora Yang. As luvas ameaçam sair das minhas mãos, e a máscara em meu rosto está completamente desregulada, caindo de minhas orelhas, mas eu me mantenho firme. Quando os suportes que improvisei com dois pedaços de arame amarrados aos arcos das engrenagens da casa de máquinas suportam o peso da panela cheia com água a erguendo por suas asas, eu sorrio grande e bato palmas uma vez antes de me virar para Chae.
Ela ainda está com os braços cruzados, os olhos entediados giram em tédio como resposta ao meu entusiasmo. Ela chuta a blusa de frio que largou no chão ao entrarmos e caminha até um outro canto - ainda mantendo a distância.
— Eu não estou fazendo isso pra dar certo em algum momento. Tô fazendo isso porque você tá me obrigando a acompanhar suas loucuras. — É o que ela diz.
— Eu não te obriguei a fazer nada.
— Mas tá colocando a porcaria da sua vida em risco na sala mais distante possível de onde todos estão a qualquer hora do dia ou da noite para testar coisas que nem sabe direito como funcionam. Infelizmente eu sou a única maluca que você conhece que não vai te proibir de invadira a sala de máquinas e usar o calor pra testar o aquecimento da água, Park Seonghwa! Se eu não estiver por perto pra vigiar a sua vida, que está sendo ameaçada por você mesmo, e para gritar em caso de emergência, quem vai estar?
Eu tiro a máscara quando me aproximo - ainda assim me encostando na mesma parede em que ela há bons passos de distância.
— Você acredita em fantasmas? — Pergunto, mas ergo as minhas sobrancelhas. É quase uma resposta à sua pergunta anterior.
— Mesmo se existissem, que maldito espírito ia te querer bem, seu tapado?
— Eu sou tão detestável? — Faço uma careta.
— Pior que isso. — Ela acena. — Você é a porra de um curioso.
— Tenho meus motivos, e todos eles são bons.
— Diga isso quando precisar se defender para Hongjoong.
— Eu vou dizer, e tenho certeza de que ele vai entender.
— Se tem certeza de que ele não vai acabar com sua raça, então por que estamos fazendo isso escondidos? Por que não pediu autorização? Quem sabe Mingi pudesse pelo menos regular a porra da máscara que você tá usando, hmm?
