Havia se passado dez dias desde que John fora para Nova York. Ele realmente tinha muito trabalho por lá, mas quando chegou o dia de regressar a Los Angeles, entrou em contato com Otto e o motorista disse a ele que Ana havia levado as crianças a praça, como fazia aos domingos; e foi em um domingo que John decidiu voltar para casa.
Como havia prometido, Ana estava na praça com os filhos do chefe. Enquanto corriam de um lado ao outro brincando de pega-pega. Brincadeira essa que Ana os ensinou dizendo a eles que aprendera no Brasil, assim como várias outras brincadeiras que ainda iria ensina-los.
Entre uma corrida e outra, Ana que estava pronta pra ser pega por Alex,
viu o menino parar de repente quando uma garota de sua idade passou cumprimentando-o com um lindo sorriso. Ana percebeu Alex sem jeito e foi até ele, mexendo suas sobrancelhas.-Ui ui ui...olha só você arrasando os corações. _Alex corou, mas quis mudar o assunto.
-Nada a ver...peguei! Agora está com você.
-Opa...pera aí, não foge da conversa não, mocinho. Conhece a menina?
-Ana?
-Eu só quero saber uai. Sou curiosa.
-Você é enxerida. Isso sim!
-Ai! Nossa...você acaba de magoar meu pobre coração, rapaz! Eu tô chorando...
-Não tá saindo nenhuma lágrima aí.
-Por dentro estou aos prantos. Você me magoou.
-Às vezes penso que meu pai contratou outra criança pra cuidar da gente. Fala sério. _Alex gargalhou ao ver o bico que Ana fazia. _-Tá bem...eu a conheço. Tá feliz agora?
-Não, rapaz! Eu quero os detalhes. Oxi.
-Não devia estar cuidando dos meus irmãos?
-De você também. Agora me conta, vai. E seus irmãos estão bem ali seguros com o Otto. Temos muito tempo....agora relaxa e se abre.
-Você é muito esquisita.
-Alex...
-Tá...o nome dela é Angelina, tem a minha idade é inteligente e somos da mesma turma de Inglês e Biologia. Às vezes dissecamos cadáveres de animais juntos na aula.
-E você gosta dela.
-O quê? Não.
-Alex...eu vi como olhou para ela e ficou todo tímido. Uma gracinha.
-Não tem nada a ver, Ana. _ele corou
-Pra mim tem tudo a ver. Por que não vai lá falar com ela? _Ana olhou para a menina que estava perto do carrinho de sorvete e de vez em quando olhava para trás para eles.
-Não. Eu tô de boa. Angelina nem deve gostar assim de mim.
-Sério? Já viu como ela não para de olhar pra cá? E é impossível alguém não gostar de você, Alex. Tu tem boa genética e é um amor...agora, vai lá falar com ela.
-Você já gostou de alguém, Ana? Digo, já sentiu seu coração disparar apenas por estar perto da pessoa e formar palavras mais elas simplesmente não saem da boca. Você fica travado, sente suas mãos soar e se desespera porque aquela pessoa espera que você diga algo e quando finalmente diz alguma coisa, sai apenas bobagens?
-Já...duas vezes.
Alex olhou para Ana.
-Sério? Você tem namorado? Eu nunca te vi com nenhum desde que você passou a morar lá em casa.
-Eu não tenho. Mais já tive. Thiago era o nome dele, mas não vale a pena falar sobre isso. Ele não era quem eu pensava.
-Foi mal tocar no assunto.
-Tudo bem. Mais e você, pra dizer todas essas coisas, já falou com ela antes?
-Tive oportunidades, mais em todas eu travei e agi como um idiota.
-Viu só. Acho que agora o universo está te dando mais uma oportunidade. Então porque não aproveita e vai até lá e abre seu coração, hun?
-Você acha mesmo que eu deveria arriscar?
-Com toda certeza.
-Tá legal! _Alex tomou coragem até que se lembrou de algo_-Mais espera um pouco, você disse que já gostou duas vezes...quem é o outro?
Ana empalideceu e pensou no que responder mesmo que um certo chefe tomasse seus pensamentos...
-É...de um cara aí...mas também não vale a pena falar dele. Vai lá na sua garota, antes que ela vá embora. _Alex olhava para Ana desconfiado_-Tá perdendo tempo.
-Ok, Ok...eu vou. Me deseje sorte.
Ana pegou a cabeça do mais novo e deu um beijo em cima dela.
-Boa sorte querido.
Alex sorriu e caminhou até o carrinho de sorvete chamando atenção de Angelina. Enquanto Ana voltava para as crianças, uma presença chamou atenção delas que sorriram abertamente e sairam correndo eufóricos.
-Pai!...Papai! _Lizzie e Théo correram até ele que os esperava de braços abertos.
-O quê? Como ele nos encontrou aqui?_Ana perguntou mais pra si, mas Otto a escutou e respondeu:
-Ele me ligou dizendo que havia pousado, então eu disse onde estávamos e o passei o endereço.
-A tá._Ana sorriu abertamente sentindo seu coração bater forte no peito. John estava de volta.
-Ana!
Lizzie chamou e Ana, sorrindo, foi até eles.
-Senhor Depp.
-Ana.
Ele acenou. Parecia tão familiar e normal trata-la com o primeiro nome agora. Afinal, eles passaram a se falar todas as noites com as crianças.
-Vamos brincar papai!_Théo chamou quebrando o contado visual entre Ana e John.
-Uh...claro filho. Do que estavam brincando?
-Pega-pega. _disse Lizzie pegando a outra mão do pai e depois a de Ana
-Pega-pega?_John perguntou confuso e olhou para a babá
-É uma brincadeira que aprendi quando estive no Brasil. É um jogo simples no qual um dos jogadores é o pegador e os outros precisam fugir para não serem pegos.
-É muuuito divertido! _disse Théo que adorava correr.
-Ok. Mas acho que não tenho mais idade para correr por aí. _Disse John enquanto coçava o cantinho da boca.
-Pra mim o senhor está em ótima forma, chefe. _disse Ana e John a olhou e sorriu
-Pra mim também. _Otto se aproximou cumprimentando John com um aperto de mão. _-John
-Meu amigo.
-Bem vindo de volta.
-É bom estar de volta. _John sorriu _-Onde está o Alex?
-Ali. _Ana apontou para o carrinho de sorvete _-Conversando com a menina que ele gosta. _Ela falou baixinho para que só Depp escutasse. Ele a olhou surpreso.
-Mesmo?_Olhou para o carrinho de sorvete _-Ó! Eu estou cada vez mais velho...meus filhos estão crescendo tão rápido.
-O senhor está ótimo. _ele voltou a olhar para Ana. _-Conheço gente da sua idade que está caindo aos pedaços...já o senhor, bem, não aparenta ter a idade que tem. É praticamente um galã.
Ana parou de falar ao perceber o que acabara de dizer.
-Obrigado por elevar o meu ego, senhorita.
Disse ele divertido deixando-a corada.
-Bom, vamos brincar. Eu sou o pegador desta vez..._palavra esquisita para dizer naquela situação, não é mesmo? Enfim, Ana viu as crianças correrem e um pouco perdido, Depp fez o mesmo, o que fez a babá achar uma cena fofa. Pouco tempo depois, Alex e Angelina, que também convidou sua amiga, Mabel, se juntou a brincadeira. Alex ficou feliz em rever o pai e agradeceu pelo retorno inesperado.
...
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A Jovem e o Cavalheiro
Любовные романыAna Sofia é forçada a deixar a casa dois pais por causa de sua madrasta. Sem um trabalho fixo, e sem ter onde ficar, Ana pede ajuda à sua ex-professora de intercâmbio, que acaba conseguindo uma entrevista como tutora na casa de uma família rica que...