ZOEY
As lembranças da noite anterior atormentam minha mente incessantemente. Fui uma verdadeira sanguinária, exatamente o que mais temia ser. Me sinto envergonhada, exposta, uma vagabunda. Como pude permitir que a luxúria e a sede por sangue me dominassem? E pior, com ele? Por que tinha que ser com ele? Eu sou a escória!
Passei todas as aulas perdida em devaneios. Damien, que assistiu a maioria das aulas comigo hoje, tentou descobrir o que havia de errado e fez perguntas extremamente invasivas, mas consegui despistá-lo. Jamais ousaria mencionar o que aconteceu na noite passada. O que pensariam de mim?
Parabéns, Zoey. Além de ser uma esquisita descontrolada, ainda sou uma péssima amiga que esconde segredos dos melhores amigos. Mas o que posso fazer? Não posso contar tudo sobre minha vida, assim como tenho certeza de que eles também não me contam tudo. Não posso me lamentar por isso.
Agora estou no meu quarto. A única coisa que desejei esta noite foi a minha cama. Estou exausta de tantos pensamentos sufocantes. De que adianta? Nada do que eu fizer fará com que tudo volte a ser como antes, quando Tom certamente não me via como uma qualquer. Provavelmente, a única coisa que ele vê agora é a minha imagem nua.
Deito-me de forma desajeitada na cama, soltando todo o ar que segurei durante o dia. Preguiçosamente, tiro minhas roupas, pensando no que fazer a seguir. Preciso falar com Piter, penso. Levanto-me rapidamente para procurar meu telefone. Demorou um pouco para encontrá-lo, já que quase não o uso. Preciso falar com meu irmão; faz alguns dias desde a última vez que nos falamos. Na última conversa — breve — ele me contou como estava sua vida.
Passei horas conversando com meu irmão. É incrível como ele deixa tudo mais leve. Ele me contou várias novidades sobre sua vida, e de como ele continua descuidado e, bem, eu não tinha muito a dizer. Nada de decente.
— Zoey!!
Mayka esbraveja meu nome ao entrar de repente no dormitório. Ela segura um vestido vermelho nas mãos.
Droga, o encontro.
Eu havia esquecido que o tal encontro era hoje. Que droga.
— Você não está se esquecendo de algo? — Diana diz, entrando junto com Damien e Jeniffer, me vendo jogada de forma desajeitada na cama, sem ânimo algum para um encontro.
— O que está fazendo aqui, Damien? Se te pegarem, você está morto. Duas semanas de detenção.
Eu disse, mas ele ignorou. Olhei para ele. Eu não queria me levantar, mas Mayka revirou os olhos e me puxou para me levantar de uma vez. Que droga, por que tenho que ir a um encontro sem ao menos saber quem é o louco, afinal, quem vai á encontros as cegas não pode ser normal!
Eu me incluo nessa lista.
— Ninguém vai me ver, relaxa aí boneca — Damien disse, dando ênfase na palavra "boneca"
Bufei pegando o vestido das mãos da loira
— Só vou se me disseram quem é o meu encontro — disse, com firmeza
— É o encontro às cegas, Zoey. A ideia é você não saber quem é, mas fica tranquila, você vai amar. — Diana disse
Tô até com medo do que é que eu amo agora.
Não fiz mais cerimônias, entrei no banheiro e tomei um banho rápido. Vou acabar logo com isso!
Terminei o banho, coloquei o vestido e um salto simples. Deixei meu cabelo solto e decidi que não iria usar maquiagem, acho importante ir natural no primeiro encontro
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Marked-Tom Kaulitz
Fanfiction*Em andamento* No crepúsculo sombrio, Zoe Johnson, de 17 anos, recém-abraçada pela noite, sente seu coração vampírico pulsar. Tom Kaulitz, vampiro misterioso, a guia até a morada sombria, onde laços se entrelaçam. Conexões ancestrais revelam segredo...