terra firme

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Jenny

Quando coloquei os pés em terra firme estava cansada prestes a largar tudo como estava, sem forças nenhuma para lutar ou explicar alguma coisa para alguém, passei a noite girando na cama e não queria brigar com ninguém muito menos com Nate que me conhecia a anos e sabia – bom, eu achei que sabia. – que eu nunca me juntaria com o avô dele. Mas fui surpreendida por um Nathaniel compreensivo outra vez, ele estava na paz e assim como eu estava cheio de olheiras e cabelo bagunçado. Ouvir ele dizendo claramente que confiava em mim me deixou feliz e satisfeita por ter escolhido tão bem, as vezes me pergunto se foi o acaso ou o destino, talvez os dois.

Como já deixei bem claro não só para ele, mas para toda Manhatan eu queria me casar, porém a ideia de ter um filho já me passou diversas vezes pela cabeça, mas, eu não tinha vocação para mamãe, quando vi meu namorado me encarando por vários minutos seguido pensei que estava imaginando um futuro com bebês e noites mal dormidas, só que ele estava tão aflito quanto eu, chegava a ser engraçado.

Dizer que não queria filhos era uma coisa que eu não esperava dele, pelo contrário, pensei que ele seria louco por um mini Nathaniel, conversaria com ele mais tarde sobre isso, porque no futuro eu quero ter uma filhinha – só uma está mais do que bom. – Poder vestir ela igual uma princesinha e dar para ela tudo que eu não pude ter, o mundo vai ser mais fácil para ela.

- Então você é mesmo estéril? – perguntou novamente o marido de Giorgina, me sinto culpada por não me lembrar o nome dele, mas a essa altura fico até com vergonha de perguntar.

- Deixa de ser intrometido. – Gina lhe deu um tapa no braço em repreensão, muito hipócrita na minha opinião. – Mas já que perguntou, não custa nada responder né Natezinho?

- Gina, esquece isso! – pedi.

- Tarde demais, agora eu quero respostas! – exigiu.

- Não Giorgina, eu não sou estéril. – Bufou ao fim da resposta. – Só não vejo necessidade em ter um filho.

- Bizarro sempre imaginei você sendo pai. – Fiz um aceno de cabeça em concordância.

- Ah meu Deus! – a voz grave soou atras de nós na porta da cozinha. – Minha paz acabou.

- Bom te ver também Chuck – zombei – fico feliz que não tenha morrido na minha ausência.

- A língua afiada de sempre, não é mesmo Humphrey. – Fiz uma cara de desentendida sibilando que sempre fui um anjo. – E esse pastel quem é?

- Eu sou o marido da Giorgina.

- Marido é muito forte – rebateu ela.

- Amor, somos casados!

- Claro que sim, você é um banana burro e com muita grana. – Entregou a mamadeira ao filho que estava no meu colo. – A dupla perfeita, e pura conveniência.

- Ué banana? Mas não era pastel? – Nate perguntou como se realmente estivesse em dúvida enquanto se esforçava para segurar o riso, e eu me encontrava na mesma situação.

- Eu pensei que você me amava – murmurou com a voz embargada.

- Pensou errado campeão – zombou Chuck bebericando seu copo de whisky recém colocado.

- Agora estou de fato confuso – riu sem piedade dessa vez.

- Querido, por favor, nós nunca fomos um casal de verdade. Você sabe bem disso.

- Você me disse que nossa falta de relação era porque Milo tinha acabado de nascer! – as lagrimas escorreram e meu coração apertou, os meninos estavam se derretendo de rir ao fundo.

- Ei relaxa, não precisa chorar...

- Pode borrar sua maquiagem – Chuck me cortou. Olhei seria para Nate que deu um toque no amigo para que ele entendesse.

- ...Todos aqui estão brincando, você é novo então ainda não se acostumou.

- Esse tipo de brincadeira é horrível – latiu.

- É verdade, mas também é uma das mais leves que fazemos, então se acostume.

- Fica tranquilo meu amor, eu te amo muito – Todos nós sabíamos que era mentira, que ela só estava com ele por conveniência mesmo, porque precisava de um pai para o bebê, mas meu coração é de manteiga derretida e não consegui ver ele nessa situação.

Ficou um breve silencio que logo foi quebrado por um Nathaniel ciumento. Milo tinha acabado a mamadeira e se deitou no meu colo, quando fez isso ficou tocando nos meus seios tateando, Nate fez questão de tirar o menino e disse a ele que só o titio podia tocar ali, achei engraçado e vergonhoso.

Gina pegou seu filho de dois aninhos de Nate e lhe colocou deitado em seu colo, o bebê fez questão de enfiar a mãozinha no peito da mãe e se certificou de que Nate o estivesse olhando para quando ele desse língua para o loiro.

- Esse menino sabe o que é bom! – Chuck comentou divertido.

- é verdade, – confirmou o pastel. – Sim esse seria o novo nome dele, já que o verdadeiro eu não me lembro. – afinal é o meu filho.

Quando Milo dormiu, ela o colocou no meu quarto porque segundo as vozes da cabeça dela era mais seguro e limpo para o bebê, Chuck nem se abalou com a alfinetada. Jogamos eu nunca, beer pong e vários outros estava muito bom, era realmente divertido se reunir com esse povo maluco. Estava no meio de uma partida intensa de strip pôquer, – onde só os homes tiravam as roupas as mulheres só meia calça e joias, graças a deus eu tinha bastante para tirar. – quando Blair invadiu a casa chorando procurando pelo Chuck que tratou de ficar sóbrio no mesmo instante, nunca vi alguém se vestir tão rapido ela estava com o rosto totalmente vermelho e molhado, dado a esse fato a brincadeira acabou, porque B não era de se deixar abalar tão fácil, então provavelmente foi algo estrondoso. Peguei alguns lençóis e colchas para que pudessem dormir na cama visto que estava muito tarde para voltarem para casa. Nate e Pastel ficaram na sala enquanto Giorgina e eu voltamos para o quarto.

Bom dia meus amores, como vocês estão?

Tenho demorado a escrever pois não estou gostando do rumo da história, então é possível que eu faça algumas alterações.

Comentem bastante pfvr!!!

Fresh Start ♡ little  JOnde histórias criam vida. Descubra agora