Speak - Destiel

Duvidar das ordens divinas

Pov: Castiel

Quando descemos da roda gigante, eu já olhava ao redor para saber onde iríamos em seguida, mas Dean coloca seu caderninho perto de mim, ele tinha escrito no caderno "Quero ir embora daqui. Me leva pra casa AGORA."

— Dean, eu não entendo. Pensei que você estava gostando.

Ele bate o pé no chão e cruza os braços. Quando estávamos lá em cima na roda gigante senti seu rosto brilhar, ele até sorria, pensei ter feito um bom trabalho, mas agora vejo com o Dean rabugento de sempre na minha frente, percebo que falhei.
Me aproximo dele e toco em sua testa, o levando de volta pro seu quarto. Logo Dean começa a escrever de novo e me mostra, agora dizia "Agora vai embora e não volte". Suspirei, o encarando profundamente. Aquelas palavras doeram em mim mais do que pude imaginar e o pior que nem entendo o porquê me sinto assim, talvez seja o peso da minha falha. Eu só queria entender onde errei, eu só queria... Só queria que ele falasse comigo. Suspiro novamente. Ele parece desconfortável comigo, logo quando pensei que podíamos estar criando algum vínculo.

— Eu vou embora, Dean, mas não pra sempre. – Digo e o garoto em minha frente revira os olhos. – Desculpa, eu não posso. Preciso terminar essa missão e você não me parece feliz. Dentro de alguns dias eu volto. Tchau, Dean.

Sinto uma tristeza aguda, mas isso é tão estranho, não era pra eu ter emoções e ele faz eu sentir as piores. Queria tanto apenas desistir, talvez pedir pra outro anjo vir no meu lugar, mas algo não me deixa fazer isso. O encaro por alguns momentos e logo o deixo para trás.
Volto para aquela praça onde conheci Dean e sento num banco. Precisava pensar um pouco.
Eu tinha minhas dúvidas sobre meu plano de leva-lo no parque de diversões, sabia que poderia não adiantar nada, mas sinceramente, como posso deixar esse homem feliz? O que supostamente eu deveria fazer? Por que o céu quer isso? Começo a ter duvidas, porque algo não parece certo nisso tudo, mas logo me sinto culpado, pois não tenho que duvidar das ordens que recebo. Droga, se eu soubesse que teria que fazer isso, eu teria estudado psicologia anos atrás, mas aqui estou eu, sem entender comportamentos básicos do ser humano.
Sinto tensão em meus ombros e uma das minhas pernas não param de bater no chão, indo pra lá e pra cá, pra lá e pra cá. Suspiro e pego um caderninho de dentro do meu sobretudo, essa ideia veio de ver Dean usando um caderninho também, me seria muito útil, mas não pra conversar. Eu estou fazendo uma pesquisa sobre o que fazem os seres humanos felizes e estava anotando tudo, e a próxima coisa na minha lista para fazer com o Dean seria fazer uma sessão de autocuidado, muitas pessoas se sentem muito bem quando estou cuidando de si mesmas. Sinto que Dean não vai gostar, e me questiono quando me tornei tão pessimista.
Me transporto para a frente de uma loja de produtos de beleza e maquiagem, logo adentrando o local e olhando ao redor. Era uma loja grande até e eu não poderia estar mais confuso. Olho as prateleiras e não entendo nada do que vejo, confesso que não sei diferenciar até o que é produto de autocuidado e o que é maquiagem.

— Olá senhor – Disse uma voz feminina, levo meu olhar para ela e era mais nova do que eu podia imaginar para estar trabalhando. Talvez fosse o primeiro emprego. – Como... como posso ajudar?

— Eu quero todos os produtos de autocuidado que você tiver.

O seu rosto mudou de expressão drasticamente, ela ficou impressionada e um pouco assustada também. Não entendo o porquê.

— Claro senhor, mas é muita coisa.

— Eu não ligo, só quero tudo.

A menina logo pegou duas cestinhas e deu uma na minha mão. Sua expressão mudou de novo, agora eu via alegria no seu olhar.

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Eu estou insegura sobre essa história... O que vocês estão achando? Deixem suas opiniões e o que esperam da história.