Em uma noite de reencontros e memórias, Emilly e Owen se reencontram em um evento de ex-alunos. O que começou com uma colisão nada simpática logo se transforma em uma reacendida paixão que nunca foi completamente esquecida desde os tempos de colegas...
A noite encontrava-se no puro breu e silêncio enquanto eu caminhava pelo gramado extremamente verde e bem cuidado da escola, finalmente pronta para voltar para casa. Assim que avistado o motorista de aplicativo aproximar-se do portão principal, não demorou muito para que eu passasse e já estivesse evidentemente à caminho da liberdade. Meus pés exaustos pelo salto condenaram-me à curvar o tronco e retirá-los dentro do carro mesmo, trazendo-os para o próprio colo e podendo descansar sobre o banco.
Em virtude de tudo que havia passado pela noite, ainda ganharia meus livros como recompensa maior. E consequentemente descoberto que a ruiva, agora nomeada Viollet, não era de fato namorada de Owen como as mídias diziam. Mas não sabia dizer se aquilo era bom ou ruim ainda. Além do som alto do ginásio ainda ecoar pelos próprios pensamentos, o que mais ressoava de forma escaldante mesmo, era a voz de Owen. Meu queridíssimo amor de infância.
"Eu discordo. Você sempre foi bastante inteligente por conta própria, Emilly."
"Mas eu prestava atenção quando você estava desafiante, respondendo os professores corretamente quando ninguém mais sabia o que dizer. E suas mudanças de estilo a cada semana."
O que diabos há com este cara? E por que ele está brincando comigo desta maneira?
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Um suspiro meu foi solto assim que adentrei minha casa e joguei-me no sofá extremamente macio, ainda com os pensamentos uma bagunça. Por que ele tinha que ser tão ridiculamente bonito e conquistador? Por que não conseguia enxergar o quanto me importava com ele desde a época que estudávamos juntos? Este que sempre fez de tudo para ignorar completamente minha presença na sala de aula, como todos os outros alunos. Em conclusão, senti a raiva começar a borbulhar, alimentando uma determinação inconsciente.
Com cansaço, puxei uma das almofadas e abracei-a com força. Desejando que pudesse esmagar todas as frustrações e remorsos junto à ele. Mas sabia que não podia continuar assim. Não podia deixar que apenas uma paixão unilateral a consumisse.
Levantando do sofá, estabeleci passos que iam e vinham de um lado para o outro da sala, com a mente trabalhando freneticamente. Precisava decidir de uma vez por todas o que faria. Será que eu poderia confrontar Owen? Mesmo que dez anos depois. Ou simplesmente desistir do amor que nutria pelo presidente da marca de cosméticos que mais usava. E sendo sincera, a resposta não veio de maneira rápida. Pois sabia que se o confrontasse, entrariam em mais um desentendimento, teria que explicar tudo para ele.
É isso, estava decidida que desistiria de amá-lo, não testaria a própria vulnerabilidade por uma resposta que deveria ter tido à mais de dez anos atrás.
Por que ele me odiava? E por que somente agora fazia questão de olhar em meus olhos?
Por que, Owen?
Decidida, peguei o celular que deixei sobre a pequena mesinha ao lado do sofá e abri a barra de notificação. Franzindo o cenho e encarando a mensagem de número desconhecido, resolvi abri-la.
