Capítulo 30

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Quando dizem que devemos ter um pouco de autopreservação, acho que é de situações como a que eu vivi hoje que estão falando

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Quando dizem que devemos ter um pouco de autopreservação, acho que é de situações como a que eu vivi hoje que estão falando.

Em um momento, tudo girava em torno da camiseta e, no outro, sentia a extrema necessidade de agarrá-lo e grudar as nossas bocas, porque sim, tudo o que senti foi tesão. Um enorme ainda por cima.

Talvez fosse o período menstrual, que quase me envergonhou mais cedo, trazendo junto uma libido bem alta, ou talvez fosse só o anseio por mais, como Pedro jurou que faria eu sentir.

Eu, de verdade, não sei a resposta, mas precisava, nem que fosse por um minuto, beijar a boca dele e me fundir em seu contato, assim como foi ontem.

Quatro vezes!

Pedro me beijou quatro vezes, e foram os momentos mais deliciosos que já experimentei. Bem melhor do que nos meus sonhos adolescentes. Foi incrível, é por isso que preciso de mais.

Suspirando, deixei o livro de lado, bem na parte em que Ravi parava de ser um rabugento e tentava impressionar a Alexia com seus dotes culinários. A história deles parecia fluir muito bem, e sentia um pouco de inveja, admito.

Pedro me fazia promessas sujas, promessas que eu estava ansiosa para vivenciar, mas era só alguém se aproximar que o medo parecia dominá-lo. Eu ficaria doida assim.

Bem, deve ser o fogo da libido. É isso. Nunca fiquei nesse estado de desespero, no entanto, desde que descobri que podia sentir tesão por outra pessoa, tenho estado sensível na minha região mais íntima.

Luana me disse que é normal, nós ficamos desta maneira quando passamos a desejar alguém sexualmente. Só não imaginava que com tanta intensidade. Quase não me reconheci hoje no trabalho.

E se não fosse por Nicolas aparecendo do nada, prefiro nem imaginar o tipo de loucura que eu faria. Já não basta a minha coragem de falar que queria ter a minha primeira vez com ele.

Não que seja mentira, é só vergonhoso me lembrar agora. Foi por isso que tapei o meu rosto e mordi o lábio, contento a risada querendo escapar.

Mas Pedro não pareceu se importar, parando para pensar. Nem quando confessei que desejava beijá-lo e nem em sua sala. Ele, na verdade, alimentava e instigava o meu desejo, deixando claro que era insano para ele também.

E o mais louco de se pensar é que, há dois meses eu jamais me imaginaria tendo beijos deliciosos ou sonhando com algo íntimo e especial com outra pessoa que não fosse o meu antigo melhor amigo.

Isso fazia de mim uma maluca?

Antes que a resposta chegasse, um sussurro ecoou em meus ouvidos:

— Sonhando comigo, pequena.

Tive um sobressalto e me sentei rapidamente, vendo o sorriso ladino brincando nos lábios tentadores dele. Pedro sentou ao meu lado, olhando-me com um brilho intenso em suas pupilas, ele parecia admirado por mim.

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