Rio de Janeiro acordou sentindo que estava na posição mais confortável do mundo, mesmo sabendo que estava completamente torto na cama e que isso provavelmente lhe daria dores mais tarde.
Talvez por isso, ele simplesmente não abriu os olhos e tentou voltar a dormir, mesmo sentindo seu namorado saindo do seu abraço (causando resmungos baixinhos no loiro)
Mas assim que ele sentiu que estava caindo nos braços de Morfeu novamente, acordou num pulo com um grito vindo da cozinha.
- PORRA RIO DE JANEIRO, EU NÃO TE FALEI PRA GUARDAR A MERDA DO ARROZ NA GELADEIRA?!
O carioca se jogou novamente na cama, passando a mão no rosto. Tinha se distraído no caminho da tarefa com Madrugada, que estava extremamente fofa brincando com o coturno de Sampa.
Levantou preguiçoso, sentando na cama e dando de cara com o guarda-roupa espelhado dos dois. Fez cara feia pra si mesmo, mostrando a língua. Sorriu.
Finalmente, ficou de pé e encaminhou-se pra cozinha, a fim de apaziguar com seu paulista que obviamente já estava de mal humor
- Oi Xampa, amor da minha vida, minha privada entupida
- Não começa carioca, eu não tô a fim. - falou São Paulo, ríspido, enquanto fazia café para os dois
- Ô minha vida, que isso?
- Que isso?! Eu que pergunto o que é aquele pote de arroz azedo em cima do balcão que eu pedi pra você guardar ontem a noite.
- Desculpa amor, eu esqueci
- "Dexculpa amor, eu exqueci" - repetiu Sampa, irritado- Aí, não fala assim comigo, vai deixar o neném triste
- Que neném? - perguntou, olhando pela primeira vez no dia pro carioca, confuso
- Eu né! - sorriu o carioca, vendo Sampa revirar os olhos
- Você é impossível. - suspirou o moreno, oferecendo um pingado ao carioca.
- E você é o amor da minha vida, tchuchuquinha - respondeu Rio, pegando sua caneca e sorrindo ao ver as bochechas do mais velho ficando róseas.
Esse por sua vez saiu dando a volta no balcão que separava a cozinha da sala, e chegou mais perto do namorado, aconchegando-se de lado no maior
Rio soltou um risinho contente, e cheirou os cabelos do paulista, que cheiravam a shampoo e um pouco a café preto (Shampoo de café? Hmmm)
- Eu tô feliz por estar completando mais um ano com você. Agora, na nossa casa. - sussurrou o loiro nos cabelos do menor.
- Eu também. - correspondeu o paulista, virando-se para ficar de frente com o carioca e enterrando o rosto ali. - se você não lembrasse eu ia te deixar careca
- Ia nada, cê ama os cachinhos do pai aqui
- Como você ousa usar argumentos lógicos contra mim? - brincou o paulista, levantando o olhar para Rio, que sentiu seu coração errar mais uma batida ao ver seu paulista meio sorrindo e corado pra si. Não, nunca iria se acostumar com a beleza dele. - eu achei que você me amava - o moreno exclamou, dramatizando
- Perdão meu príncipe, eu fui muito insensível mesmo - respondeu Rio com uma falsa voz culpada, entrando na brincadeira - será que você pode perdoar seu nego?
- Não sei, o que meu nego vai fazer por mim para ter seu perdão?
- Hummmm, eu... tento defender você quando o resto do país falar mal do seu cuscuz, mesmo sendo a coisa mais infame que eu já vi.
- Ridículo - riu São Paulo, sabendo da fama do cuscuz paulista.
Rio pegou a caneca das mãos do moreno e colocou as duas canecas de café no balcão, logo depois virando-se de novo para seu moreno, que parecia estar esperando pra ver se ficava puto ou não.
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Uma vida boa com você (ONE-SHOT)
FanfictionUm dos aniversários dos queridos Pauneiro.