Prólogo

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O som das águas tranquilas do pequeno rio ao sul da cabana despertou o pequeno lobo. A melodia atrativa de uma voz delicada entrou em seus ouvidos sensíveis em uma melodia hipnotizante.

Sem pensar muito o lobinho se levantou sendo atraído como uma mariposa em direção ao som melodioso demais para ser ignorado. A voz o guiou pela floresta densa, se ele não estivesse tão concentrado teria notado que não havia nenhum animal na floresta, não se podia ouvir os grilos e nem seus amados pássaros.

O lobo seguiu a voz que lhe levou em direção ao riacho, de longe pode ver a fonte da voz harmoniosa. Havia uma moça sentada às margens do rio, seus longos cabelos vermelhos pareciam reluzir na luz solar. Seu canto o atraía como o canto de uma sereia.

Assim como seus cabelos, sua pele reluzia como uma pérola do mar, de longe era a criatura mais bela que já pusera seus pequenos olhos. Atraído pela beleza exuberante o lobo decidiu se aproximar silenciosamente, não queria assustar a sereia e consequentemente parar de ouvir seu canto magnífico.

Ao se aproximar da sereia, o pequeno viu em suas mãos algo que parecia com uma peça de roupa, o tom azulado chamou sua atenção imediatamente, assim como o que parecia ser outra peça de roupa próxima aos seus pés, está na cor marrom.

Sorriu ao constatar que a pequena sereia estava no riacho lavando peças de roupa.

O canto se tornou mais suave e baixo, fazendo o lobo se aproximar para escutar melhor. Gostaria de ver a face da sereia adorável que lhe encantava com sua melodia dos deuses.

O lobo chegou próximo a sereia, prestes a perguntar seu nome quando algo chamou sua atenção, o brasão estampado na peça que ela lavava não lhe era estranho

Porque a peça estava tão vermelha se a segundos atrás era uma peça azul?

O lobinho assustado, olhou pela primeira vez para o riacho, vendo as águas que um dia foram cristalinas, se tornarem um vermelho tão intenso quanto o odor de sangue que impregnou seu olfato sensível. Desviou seus olhos para as diversas peças de roupas que flutuavam nas águas ensanguentadas, sendo pegas uma a uma pela pequena sereia, que as esfregava com delicadeza tentando remover suas manchas, ainda cantando sua melodia suave.

Um som esganiçado soou pelos lábios do lobo ao reparar nas cores das peças. Seu barulho não passou despercebido pela sereia, que agora lhe olhava

O grito dado pelo lobo reverberou por toda floresta quando seus olhos capturaram a face horrenda da criatura que achou ser uma sereia.

A criatura rubra lhe sorriu, mostrando seus dentes pontiagudos demais, com sangue demais.

– Eles estão vindo lobinho, devemos nos preparar, a colheita é grande e se aproxima rápido.

Os olhos azuis se abriram espantados, o grito que escapou de sua garganta sem que percebesse reverberou por toda floresta densa. As marcas da maldição em sua pele brilharam, lhe queimando de dentro pra fora.

O fim da paz se aproximava, os dias de seu povo se findavam.

O caos se aproximava, e não havia ninguém que o pudesse deter.


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⏰ Última atualização: May 26 ⏰

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