CAPÍTULO 19 - Nós merecemos uma chance!

2.3K 190 70
                                    

Capítulo 19 - Nós merecemos uma chance!
Pov. Valentina Ferreira

Os últimos meses foram uma tortura, mesmo sentindo sua mudança nossa relação sempre teve uma barreira muito grande e forte. Nós mesmas a colocamos ali para fazer funcionar pelo bem da Cecília. Via Luiza apenas quando ia buscar e deixar nossa filha em casa. Cecília sempre voltava cada vez mais encantada com a mãe, falava do final de semana, tudo que fizeram juntas e o quanto Luiza cuidava dela e estava feliz. Me fazendo sentir uma saudades genuína de ter a sua companhia todos os dias como quando trabalhávamos juntas.
Tentei sair com o pessoal do escritório para de repente conhecer outras pessoas e assim superar todo esse sentimento que tenho por ela dentro de mim, tentei preencher de todas as formas mais o vazio enorme que sentia em meu peito me deixava horas acordada a noite relembrando de estar nos seus braços como fiquei nos dias em Teresópolis.

Não consigo deixar ela ir, me sobe uma ira ao pensar na ideia dela estar com outra pessoa, quando ouvir uma conversa entre Helena e Duda sem elas percebesse sobre a ajudante que morava com ela estar completamente apaixonada por ela, eu queria entrar no carro e parar em Búzios e mostrar para ela que ela era minha e de mais ninguém, fiquei irritada por dias, num mau humor do cão, até ser confrontada pela minha irmã, que ria da minha cara, até me contar que Luiza não estava com a mulherzinha. Que ela tinha deixando bem claro que seriam só amigas, mas pergunta se isso acalmou meu coração e o ódio que se enraizou, não, sabia da fama de mulherenga e safada dela, Luiza era uma cafajeste nata.

Com aquele sorriso, lindo, sexy, que me deixava molhada... para de ser doida Valentina! Era meu inferno, ainda mais quando minha filha chegava falando que a Ruth é isso, que a Ruth era aquilo, que a Ruth e a... eu queria era que a Ruth fosse para casa do car@... eu queria explode a merda da Ruth! Isso sim! Agora pensa a minha situação eu estava a meses sem transar depois de ter transado com Luiza por seis dias como nós duas fôssemos duas coelhas, como se tivesse acontecendo o Armagedom e agora está na seca do deserto, não tem como se manter em pé sem subir na parede em cada vez que escutava o seu tom rouco no telefone. E falo mesmo tentando me satisfazer sozinha não rolava, aquela mulher me deixou completamente mal acostumada.

Diaba do inferno! Uma demônia! Mais uma demônia gostosa e que agora para piorar estava mais gostosa, toda malhada, com um corpo que já era uma delícia agora está de tirar até minha alma, ainda por cima ela só andava do jeito que me deixava louca, toda despojada, simples, a filha de um satanás mesmo leve tinha uma presença que o simples "Oi Valentina!" já me fazia quase gozar. Eu pensava essa mulher não podia ficar feia, me fala quem sofre e fica bonita? Se eu chorar já tô o próprio dragão, se ela chora ela fica com o rosto fofo com o narizinho desenhadinho vermelho.

Tá vendo eu tô possuída com alguma coisa ou de fato eu tive algum AVC e já não estou conseguindo raciocinar direito. Só pode, ou ela jogou alguma bruxaria em mim, porque homens e mulheres que tentaram algo comigo nesse tempo não me provocaram nada, absolutamente nada, na verdade me provocaram sim, me provocaram tédio e raiva, tédio porque os papos ruim viu e raiva por não ser ela. Mas pensa que a entidade ruim que vive mim descansa, descansa nada, na hora eu e vi ela entrando naquele hospital desesperada pela Cecília e a forma que ela cuidou de nós duas durante os dias, não tive como não sentir, eu amava essa filha da mãe, os dias no hospital me deixavam mais e mais fascinada com sua postura, seu lado materno estava ativado igual uma leoa, ela só conseguia ver e pensar sobre a Cecília.

Os dias lá também foram pior que jogos vorazes com aquelas médicas e enfermeiras que ficavam se jogando para ela, me fazendo virar piada para Helena e Duda. Assim que nossa pequenas teve alta a convidei para ficar na nossa casa por três dias seguidos para poder fazer companhia para Cecília que ainda estava de atestado. Nessa hora eu me olhei no espelho e tive a certeza, que eu me odeio, porque eu me senti a própria Katniss, mas eu precisava sobreviver com cada pensamento e memória impura que não tem como eu contar.

JUST A WEEKOnde histórias criam vida. Descubra agora