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Os dias passavam, e a amizade entre Peter e Wanda se aprofundava. Eles compartilhavam risadas, treinos e até mesmo missões. Mas para Peter, cada momento ao lado dela era um lembrete do que ele não podia ter.

Em uma tarde chuvosa, enquanto os Vingadores se reuniam para discutir estratégias, Peter notou que Wanda estava inquieta. Ela olhava para o nada, perdida em pensamentos. Quando a reunião terminou, ele a seguiu discretamente até o terraço do prédio.

“Wanda?” Peter chamou suavemente.

Ela se virou, surpresa por ter sido encontrada. “Peter, o que você está fazendo aqui?”

“Eu… eu queria saber se você está bem,” ele disse, hesitante.

Wanda suspirou. “Eu não sei, Peter. Às vezes, sinto que estou perdendo o controle. E eu não quero machucar ninguém.”

Peter se aproximou, oferecendo um ombro amigo. “Você nunca está sozinha, Wanda. Estamos todos aqui por você.”

Ela sorriu tristemente. “Até mesmo quando eu quero estar sozinha?”

“Até mesmo então,” ele afirmou.

Naquele momento, Visão apareceu. “Wanda, você está bem?” ele perguntou, preocupado.

Wanda se afastou de Peter e foi até Visão. “Estou bem, obrigada.”

Peter observou enquanto eles se afastavam, seu coração pesado. Ele sabia que Wanda precisava de Visão, mas ele não podia evitar o desejo de ser o motivo do sorriso dela.

Naquela noite, um alarme soou. Uma ameaça iminente exigia a atenção dos Vingadores. Peter colocou seu traje e se juntou à equipe. Durante a batalha, ele viu Wanda lutando bravamente, seus poderes vermelhos iluminando o céu noturno.

De repente, um raio de energia atingiu Wanda, lançando-a ao chão. Sem pensar, Peter correu em sua direção, protegendo-a com seu próprio corpo.

“Wanda!” ele gritou, preocupado.

Ela abriu os olhos, surpresa ao vê-lo tão perto. “Peter…”

Ele a ajudou a se levantar, e juntos, eles voltaram à luta. Mas algo havia mudado. Havia uma nova compreensão entre eles, um reconhecimento silencioso de que, apesar de tudo, eles estavam conectados de uma maneira que nenhum deles poderia negar.

Após a batalha, enquanto os Vingadores comemoravam, Peter se afastou, contemplando o que havia acontecido. Ele sabia que o que sentia por Wanda era real, mas também sabia que não podia agir de acordo com esses sentimentos.

Wanda se aproximou dele, tocando seu braço levemente. “Peter, sobre o que aconteceu…”

“Não precisa dizer nada, Wanda,” ele interrompeu. “Nós somos amigos, e isso é o que importa.”

Ela assentiu, mas havia uma tristeza em seus olhos que combinava com a dele. Eles se despediram com um abraço, um abraço que carregava todo o peso do amor não correspondido.

Sombras do coração (SpiderWitch)Onde histórias criam vida. Descubra agora