Crio, domo e treino

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Vai 2 caps numa lapada só, f*da-se tô ansiosa pra vcs lerem minhas maquinações diabólicas aqui~

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— Óia só nosso artista aí sô! — Matinha apontou o gaúcho quando o mesmo se aproximou da mesa que ocupavam.

— Parabéns Sul, gostei muito da primeira música. — Catarina foi educada e cuidadosa em elogia-lo.

— A letra é bunita mesmo. — Matin concordou com a loira, logo tomando mais um gole de sua cerveja para disfarçar o elogio.

Sul sorria todo orgulhosinho de seu feito.

— Obrigado. Eu só cantei o que se faz na minha terra tchê.

— Ocê trabalha bastante cum cavalos né? — Matinha continuou a conversa.

— Crio, domo e treino. — O barbudo sorria orgulhosamente estufando o peito.

— Nois também né Matin?

O maior assentiu com a cabeça. Sul agora se sentia desafiado e exibia um sorriso mais duro.

— Cavalo de rédea para lida no campo. Crioulos é claro.

— Ah sim. — Matinha havia percebido a competição, mas não queria discutir aquilo agora, nem deixar a disputa escalar para a cabeça do irmão, poderia arruinar a noite. — Nois cria bastante o quarto di milha. — Bebericou de sua taça observando o de seu sangue. — Matin, porque ocê num vai pegá mais uma cerveja procêis?

O maior torceu a cara, não queria realmente se levantar mas recebeu um pequeno chute da irmã e cedeu, não é como se não precisasse mesmo de outra garrafa. Bufou e saiu, sendo observado pelos outros.

Os que ficaram na mesa acabaram caindo em silêncio e Matinha rapidamente notou o interesse do gaúcho em Santa Catarina, seus olhares não tão discretos para cima dela, mas ele ainda parecia um pouco encabulado. Sorriu para si mesma e também se levantou.

— O vinho tá quase acabando também sô, vou lá pegar outro pra nois viu Catarina, já volto.

Apoiou casualmente no ombro do loiro fazendo-o olhar para si, não deixou de piscar e sorrir para ele. Se retirou.

Sul corou um pouco encabulado, estava tão na cara assim? Lançou mais um olhar para a loira, ela parecia distraída, assistindo a performance do goiano.

— Erhm.... Catarina...?

Ai... O momento que ela temia chegou. A mulher atendeu ao chamado olhando para ele. Já estava triste em ter que fazer aquilo, mas ele não parecia notar sua expressão. E tinha que admitir que o homem estava adorável todo sem jeito daquela forma. Mas não deixava de não ser sua preferência.

— Oi?

Ele tentou pegar em sua mão discretamente, mas assim que encostou nela a mulher recolheu o pulso devagar. Num raio percebeu a rejeição. Olhou em seus olhos para confirmar. Catarina desviava o olhar delicadamente, dava para ver que não se agradava da situação, que não queria ferir seus sentimentos nem invalidá-los.

— Eu não tenho mesmo chance contigo guria? — Murmurou baixinho.

— D-desculpa Sul.... No momento eu não procuro esse tipo de relacionamento. — Colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e abraçava o próprio braço desconfortável.

Precipitado do jeito que tendia a ser RS exclama.

— Tu gosta do Paraná?

Pegou a loira completamente de surpresa. De onde raios ele tirou essa conclusão?!

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