Capítulo 36

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O meu corpo se recuperava da avalanche que foi o meu orgasmo

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O meu corpo se recuperava da avalanche que foi o meu orgasmo.

Meu peito subia e descia rápido, estava com a respiração descompassada, sentindo o impacto de cada uma das palavras dele em minha boceta saciada.

Foi uma experiência nova, porém muito deliciosa. Nunca pensei que palavras sujas e uma narração pela voz grave dele fosse me levar a delírio de maneira rápida e avassaladora.

Mas aconteceu e foi incrível. Só não mais que a sensação de vê-lo se tocando por minha culpa. Com a comprovação de que havia um piercing enfeitando o seu pau grande.

Assustadoramente grande, diga-se de passagem. Será que caberia dentro de mim?

Eu esperava que sim, porque sentia a onda de adrenalina e desejo voltar ao meu corpo conforme abria os meus olhos e focava em seu rosto, que se encontrava em êxtase, analisando as partes nuas a seu bel prazer.

— A minha falta de autocontrole me fez gozar na mão, Tati — se lamentou, olhando fixamente para a minha boca. — Faz anos que isso não acontece.

— Um privilégio para poucos, não acha? — brinquei, sentindo-me confortável toda aberta e nua depois do orgasmo.

Talvez fosse a leveza que sentia, a plenitude pelo momento delicioso. Eu não sabia, mas também não me incomodava.

— Um privilégio apenas seu, pequena. — Sorriu de canto, pegando a toalha que estava caída no chão.

O medo de que as coisas tivessem acabado ali, me fizeram chamar o seu nome baixinho. Pedro parou, dando-me sua total atenção.

— Uma vez você me disse que seria a minha cobaia para o que eu precisasse, e depois garantiu que faria tudo por mim — comecei, sentindo o nervosismo contorcer a minha barriga. — Isso ainda está de pé?

Um brilho devasso se acendeu em seus olhos verdes ao entender a conotação da minha pergunta. As minhas bochechas se enrubesceram em resposta.

— Qual o seu desejo, pequena?

— Me faça sua, Pedro. Completamente sua.

Não era só no sentido sexual, eu queria ser dele. A namorada, a esposa, mãe de seus filhos, cumplice, confidente, amiga, companheira. Eu queria ser tudo.

Talvez ele não tenha percebido essa diferença, entretanto, não importava muito naquele momento, ter a minha primeira vez com o homem por quem estava apaixonada e podia confiar de olhos fechados era tudo o que eu queria.

— Não sei fazer amor, Tati, mas por você eu vou tentar. Quero que se lembre deste momento como o mais especial da sua vida, assim como sempre desejou.

O meu coração perdeu o compasso, errando várias e várias batidas. A minha boca secou e senti o corpo todo arrepiar com as palavras. Elas eram muito importantes para mim.

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