DAELLA APERTA a adaga na pele de Aemond para que ele sinta a pressão. Seu olho azul se concentrou nela com intensidade.
— Por quê? – ele perguntou. Apenas isso.
– Porque sua sorte é pessima e a minha é ótima. Faça o que eu mandar e não te machucarei. – Daella falou.
Ela fez de tudo para que acreditasse em suas próprias palavras.
— Está planejando derramar mais sangue real hoje? – Aemond fez uma expressão de desprezo e se mexeu em uma tentativa de se desvencilhar da faca. Daella acompanhou o movimento, mantendo a lâmina em seu pescoço. Ele continuou falando – Tudo isso é inveja por ser uma bastarda? Se sentiu excluída da matança?
– Você está bêbado. – Ela respondeu.
– Ah, estou mesmo. – Aemond apoiou a cabeça na pedra e fechou os olhos. – Mas você acredita mesmo que vou deixar que você me leve a frente de Daemon, como se eu tivesse culpa nisso, como se eu fosse um inferior...
Daella apertou a adaga com mais força e Aemond inspirou no fim da frase.
– Claro – diz ele com uma gargalhada cheia de autoironia. – Eu estava desmaiado e quando matavam o meu pai. É difícil estar abaixo disso.
– Chega de falar — Daella ordenou, não podia ouvi-lo. Afastou qualquer sentimento de pena. – Ande.
Aemond não tivera compaixão por ela ultimamente. E ela não tinha nenhuma certeza de que seu tio não sabia sobre aquilo tudo.
– Senão? – perguntou ele – Você não vai me furar.
Daella tenta não deixar que ele perceba quanto sua calma a abala. Ele fazia com que a adaga em sua mão, que deveria a trazer autoridade, não era o suficiente. Faz com que ela quisesse o ferir só para que ela convencesse a si mesma de que ele poderia ser amendrontado de alguma forma. Os dois acabaram de perder alguém importante, não deveriam estar assim.
– Hora de andar. Vamos entrar nesse armário. Tem uma passagem aqui.
– Certo. – Aemond disse irritado, tentando afastar a adaga.
Daella segurou com firmeza, de forma que a lâmina forte a pele. Ele soltou um palavrão e colocou um dedo sujo de sangue na boca.
–Para que isso? – Ele perguntou.
– Diversão. – Daella deu um sorriso bem sútil, mas tentou manter a expressão dura.
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𝑇𝐻𝐸 𝐶𝑅𝑈𝐸𝐿 𝑃𝑅𝐼𝑁𝐶𝐸, 𝑎𝑒𝑚𝑜𝑛𝑑 𝑡𝑎𝑟𝑔𝑎𝑟𝑦𝑒𝑛.
Fanfiction𝘿𝘼𝙀𝙇𝙇𝘼 𝙑𝙀𝙇𝘼𝙍𝙔𝙊𝙉 única filha de Rhaenyra Targaryen, era tão guerreira quanto os irmãos e se sentia tão à vontade com uma cota de malha quando um vestido de seda. Embora não tivesse herdado os cabelos prateados dos seus pais ela tinha os...