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Crystal
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O alarme soou, avisando que nossa última aula do dia havia acabado, todos se levantaram com pressa de sair, como na maioria das vezes saem correndo. Esperei sentada, que o professor Francisco saísse também, enquanto arrumava devagar os meus materiais, guardei também o bilhetinho que recebi, vi pela visão periférica quando o Sr. Francisco se levantou e saiu da sala, também vi quando Kyra, que assim como eu ainda estava sentada se levantou, indo em direção a saída, por um momento pensei em chamá-la achando que ela iria ir embora, mais assim que chegou na entrada ela inclina a cabeça para fora da sala como se estivesse vendo a movimentação do corredor, faz isso umas duas vezes antes de voltar.

A olhei com as sobrancelhas juntas, mas o que raios ela estava fazendo?

Para minha surpresa a mesma fechou a porta atrás de si, meu coração começou a achar que estava em uma competição de quem corre mais, batendo tão forte que sinto que posso ouvi-lo, aquele sorriso que me hipnotiza estava lá, enfeitando seu rosto, a cada passo que ela dava mais um frio na barriga se aumentava, mas era uma sensação boa, suspiro ao perceber como ela me olhava, dos pés a cabeça, Kyra tinha uma forma de olhar que poderia incendiar qualquer um, mas agora especificamente no caso, era eu!

— Por que trancou a porta?

— Por que não quero que ninguém nos atrapalhe! – diz a poucos passos de mim. — Estava louca pra ficar sozinha com você!

Me levantei da cadeira, enquanto ela terminava de se aproximar, me prendendo contra minha mesa, seus braços estavam cada um em um lado do meu corpo.

— Por que você gosta tanto de me provocar? – minha voz sai mais como um sussurro.

Ela solta um riso um pouco anasalado, se inclinando perto do meu ouvido — Como não gostar? Gosto de ver como você reage perto de mim

Consigo sentir sua respiração quente contra minha pele.

— Kyra, mas estamos em uma sala de aula! Se alguma coordenadora aparece?

— Não vai! – seu rosto encaixar na curva do meu pescoço, seus lábios tocando em minha pele, me causando um leve arrepio. — E se vier, a gente diz que ficamos presas por acidente

Dou uma risada — Nem eu acreditaria nisso!

Escuto sua risada abafada, passei meu braço direito em sua cintura a puxando mais para mim, ela para de beijar meu pescoço afastando seu rosto do mesmo.

Era incrível como me sentia ao seu lado, era como se ela fosse um ímã que me atraia cada vez mais, independente de onde estivéssemos.

Sua mão repousava em minha nuca, prendendo seus dedos em meus cabelos, seu olhar estava preso nos meus e só desviava pra minha boca, e eu não estava diferente dela.
Nossos lábios se tocaram, em um toque sutil, calmo, um beijo sem pressa, aproveitando cada vez mais daquela sensação, que provocamos uma na outra.

Segurei na bainha de sua camisa, quando senti seus dentes em meu lábio inferior, deixando uma pequena sensação de ardência, minha mão adentrou debaixo de sua farda, meus dedos tocando em sua pele, a fazendo soltar um suspiro, seu aperto em minha cintura ficou mais firme.

Um som de batida na porta soou, fazendo que nós duas parasse de nos beijar, sobressaltadas. Nos olhamos com os olhos arredondados, se pegam a gente assim lascou tudo.

(Nem) Todos os Clichês São IguaisOnde histórias criam vida. Descubra agora