21. As peças no tabuleiro

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       Lugh vasculhou cada canto do campo de batalha com seus homens, mas não encontrou sinal algum de Nikolai. Uma suspeita gélida se enroscou em seus pensamentos, apertando seu coração com garras afiadas.

— É inquietante que Sir Nikolai tenha desaparecido tão repentinamente - comentou um general, sua voz ecoando no ar pesado de incerteza.

— E se Sybil estiver por trás disso? - sugeriu Lugh, sua voz carregada de desconfiança. — A presença dos homens desconhecidos sugere que possa ter sido uma armadilha, meticulosamente planejada. Nikolai acabou de assumir a responsabilidade pelo ducado de Northland. Ele se tornou uma valiosa moeda de troca para Godwin. Seria uma ótima estratégia sequestrá-lo sem poder ser acusada até que ela finalmente assumisse sua culpa, já em vantagem, para barganhar conosco.

— Como Sybil teria conhecimento tão rapidamente a respeito da morte do Senhor Tolk, Majestade?

— Ainda não sei dizer como. Entretanto, algo me diz que teremos respostas nada agradáveis - respondeu o rei, seu semblante marcado pela sombra da preocupação, como nuvens de tempestade se formando no horizonte.

 Entretanto, algo me diz que teremos respostas nada agradáveis - respondeu o rei, seu semblante marcado pela sombra da preocupação, como nuvens de tempestade se formando no horizonte

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        No castelo de Austerus, havia uma intensa movimentação em seu interior e ao redor. Irina observava tudo, desconfiada e sem entender qual a razão da agitação. Com cautela, dirigiu-se até a sala particular de Sybil. Ao chegar, ouviu gritos trocados entre a rainha e seu Conselheiro. Irina entrou na sala, assim que o homem saiu bufando, com o rosto vermelho.

    A luz das tochas tremulava nas paredes de pedra do local privado da rainha. A tensão era palpável no ar, resquícios da discussão acalorada entre a monarca e seu conselheiro ainda pairavam no ambiente. Sybil, com sua postura altiva, tentou esconder a preocupação inquietante diante de sua amada, enquanto ajeitava a coroa sobre seus cabelos dourados. Ainda assim, sua tentativa de esconder o óbvio falhara miseravelmente, pois a raiva ainda cintilava em seus olhos. Irina, sua companheira leal, analisava-a com um olhar perspicaz e preocupado, e era capaz de sentir o peso das decisões recentes.

    Sybil derrubou uma taça de vinho, com uma sede voraz, e parecia ter recém saído de uma batalha.

— Por que aquele verme estava gritando com você? E por que há esse frenesi todo no castelo? - Perguntou Irina, preocupada. — Também soube que aconteceu um ataque na fronteira, entre homens estranhos e de Northland. O que está havendo?

    A rainha largou a taça de vinho, com força, sobre a mesa de madeira avermelhada e soltou um longo suspiro.

— Ele está irado porque agi com meus homens sem que ele soubesse de nada - respondeu a loira.

    Irina arregalou os olhos, tapando a própria boca com a mão, pasma.

— O quê?! Espera... foi você quem causou o ataque na fronteira? Essa foi sua ação às escondidas? Você enlouqueceu?! E o Tratado?!

Rosa Proibida: Para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora