Para alguém que sinta

2 0 0
                                    

O amor mandou um recado,

Disse que me têm procurado,

mas acho que fiquei obcecada,

ou talvez eu tenha me equivocado.

Depois de tanto choro,

depois de tanto desespero,

Eu já não sei entender o que é real,

talvez seja um exagero.

Como é sentir-nos vivos?

Como se tudo estivesse bem,

Nada nos fere, nada nos abate.

O amor talvez me tenha enganado.

O amor nunca veio,

foi tudo uma ilusão,

eu perdi a esperança,

como muitas vezes perdi a respiração.

Joelhos no chão,

coração a bater,

A crescente aflição,

e a inimiga da perfeição.

Não sei o que sentir,

como seria ser amada?

Estou desencontrada,

acho que nunca me senti tão frustada.

Será que eu sou real?

Sou uma tela branca,

invisível e sem valor.

Tirem me esta dor!

Seria isto que esperavam?

Diz me o que pensas,

sinceridade não é ofensa...

A minha mente só me tormenta.

Serei a única a sentir isto?

Sempre que eu vou dormir,

todas as vezes que tento parar,

todas as vezes que quero só sonhar.

O meu reflexo está disperso,

não percebo.

Estou a sentir me a cair,

Será que alguém me vai acudir?

A ansiedade corrói me,

preenche a minha alma,

não me liberta,

apenas me quebra.

Aparentemente a vida têm me testado,

talvez tenha feito um acordo com a morte,

Para me deixar em pedaços,

e acabar com os meus esforços.

Nascemos para morrer,

vivemos para conhecer,

sentimos o que temos de ser,

e eu só me imagino a sofrer.

Sou apenas uma criança,

com sonhos por realizar,

sem confiança e sem esperança,

talvez eu tenha mudado.

Pobre menina,

tanto esforço,

nenhum resultado,

e sempre o mesmo fracasso.

Este poema não é para ninguém,

a não ser que pense o mesmo,

que não saiba o que sentir,

que não saiba o que é real.

Diário de uma rapariga solitária Onde histórias criam vida. Descubra agora