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A garota caiu do céu diretamente para a água, tinha lágrima em seus olhos e não se lembrava de nada. Achou que estava encarando sua morte, afogada, sendo puxada por aquele mar monstruoso.
Mas não morreu
Na verdade, ela viveu. Ela sobreviveu e...
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Capítulo : IV
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10 dias se passaram
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10 dias desde a perda da única coisa que poderia um dia me fazer feliz. E nesse tempo, Marco cuidou atenciosamente de mim, sempre conversando, trazendo das melhores comidas para mim, e sempre me abraçando e estando ao meu lado, o que me ajudou muito. Nesses meses, eu perdi as pessoas mais importantes para mim, assim como Marco. Perdemos uma família que se ajudava e se amava, tudo isso em poucos meses.
Eu estava sentada na minha cama, olhando pela janela aquele imenso mar em um tom azul escuro. Estávamos em uma ilha, no topo de um morro daquela pequena ilha, onde só havia eu e Marco e uma pequena vila povoada por alguns idosos e crianças, é uma ilha pacífica e sem guarda da marinha, mas que antes, tinha a enorme bandeira de nosso bando, impedindo que piratas invadicem este lugar. Eu olhava para aquela vila que me trazia algumas lembranças e sentimentos que não tinham explicação naquele momento. Foi então que ouço a porta abrir. Sem movimentar a cabeça eu vejo de canto de olho Marco com uma bandeja de comida em suas mãos.
- Bom dia Rubi - me chama pelo apelido que hoje, só ele repete, mas que um dia, meus irmãos comandantes também me chamavam - Acordou cedo hoje, conseguiu dormir bem? - com suas palavras ele se aproximou de mim e deixou a bandeja encima da mesa.
Viro meu rosto devagar vendo seu semplante com um sorriso falso que aprendera a fazer com o tempo. Seu rosto ainda tinha aquele olhar cansado e preguiçoso, mas agora, era envolto com um pouco de tristeza. Ele coloca a mão em minha testa para checar minha temperatura, depois pega meu pulso averiguando meus batimentos. Era algo cujo eu já estava acostumada, todos os dias de manhã e de noite ele vinha ver meus batimentos e como eu estava, com medo de que no meio da noite eu venha ter um colapso nervoso.
- Diria que já dormi melhor mas estou bem - falo e ele volta a olhar em meus olhos - e você? Como está? - por alguns segundos ele apenas encarou meu olhos, mas logo supirou, cansado de fingir seu sorriso.
Fiz um gesto para que ele se sentasse do meu lado e ele logo o fez, subindo na cama, se sentando e passando seu braço por meu ombro, me abraçando e me puxando para seu peito. Era uma posição confortável, eu estava virada para ele, abraçando seu peito e com o rosto perto do seu pescoço, mas eu estava olhando pro chão, enquanto ele estava com um braço envolta de meus ombros, me abraçando e com o queixo apoiado em meus cabelos platinados. Quem olhasse de fora, acharia que somos um casal, mas nossa relação não é nem um pouco assim, na verdade, nossa relação era como a de Ace, Luffy e Sabo; como uma promessa de que sempre seríamos irmãos, sempre nos ajudariamos e estaríamos lá um para o outro, e sempre foi assim, quando eu raramente brigava com Ace, quando ele estava puto com algum de nossos irmãos, quando Teach matou Tatch. O que por sinal, devastou Marco, a ponto de eu e Ace passarmos noites em claro para ajudar nosso irmão em suas noites mal dormidas, e claro, quando Ace foi a procura de Teach, Marco me acolheu, e sempre que sentia saudade de Ace ele vinha até o mastro, onde sempre me encontrava, e passava a noite conversando comigo. Ele foi e sempre será um verdadeiro irmão.
