Narrador pov'sFernanda estava muito animada para sua primeira festa do líder. Não podia acreditar no quão lindo os figurinos estavam, ela estava se sentindo magnífica. A produção havia escolhido um vestido prateado lindo para a mesma vestir, que combinava com um mini chapéu cartola que estava preso em sua cabeça. Sua maquiagem estava impecável, destacando seu rosto de traços fortes.
A Bande havia escolhido o tema "Burlesque" para a festa do dia. No momento em que adentraram o pátio para a festa, todos os brothers ficaram impressionados com o quão lindo o cenário estava. Tudo estava impecável, mas no momento todos os olhares se voltavam para uma pessoa em específico no centro do palco.
Enquanto Fernanda dançava elegantemente em seu espetáculo, dentre bomboles, sentindo uma alegria que a muito não sentia dentro daquela casa, uma pessoa do outro lado do palco não conseguia tirar seus olhos de seus movimentos. Alane se sentia hipnotizada pela dança e pelo visual de Fernanda. Tudo na morena, naquele momento, fazia a mais nova ficar de queixos caídos. Se sentia atraída por Fernanda de forma quase magnética, e não conseguia esconder a admiração em seu olhar. Sentiu seu ventre formigar ao ver a mais velha descer de forma sensual até o chão, enquanto uma de suas mãos descia em seu pescoço.
Alane não entendia o porquê de estar sem fôlego por simplesmente assistir a uma performance de dança sensual. Ela era bailarina, convivia naquele meio e já assistiu a inúmeras apresentações como aquela. Mas tinha uma coisa em Fernanda que simplesmente a prendia. Ela evitava piscar para não perder um milésimo de sua apresentação.
O mais engraçado disso tudo? Alane não suportava Fernanda. Tudo na mais mais velha a fazia sentir repulsa. O jeito que ela falava quando estavam brigando, as falas debochadas, sua boca extremamente suja, tudo isso incomodava profundamente Alane. Seu estilo de vida sempre prezou a elegância e a educação, e em sua cabeça a mais velha era o extremo oposto disso tudo. Ela não tinha filtros, não pensava duas vezes antes de expor uma opinião e de lutar por seus ideais. Elas eram polos completamente opostos.
Já Fernanda, apenas não ia com a cara da garota. Achava que tudo que ela fazia era pensado e calculado para conquistar o público de casa. Sua voz mansinha lhe causava arrepios, ficava extremamente irritada com a facilidade dela manipular as palavras para sempre ser a boazinha da situação. Queria distância da mais nova a todo custo, mas não a odiava, apenas não queria ligação com ela lá dentro.
No palco, Fernanda não conseguiu deixar de reparar nos olhos de Alane (que também estava linda em seu figurino e sua peruca ruiva) descendo por todo o seu corpo. A boca da Dias estava tão aberta que seu queixo estava quase tocando o chão. A Bande não resistiu e acabou sorrindo com a ironia da situação.
Após sua apresentação, Fernanda desceu e foi direto falar com Pitel, sua melhor amiga e aliada de jogo.
— Que foi? Que que tu tá me olhando com essa cara? — perguntou Fernanda. Sua amiga estava com uma expressão muito engraçada. — Eu não fui bem não?
— Bem??? Mana, tu arrasou! Todo mundo aqui ficou impressionado. — esclareceu. — Eu tô achando graça é da cara que a bonequinha ficou vendo você dançar. Quase me mijei de rir aqui.
— Que cara, maluca? Acho que tu tá vendo coisa, hein. — Fernanda respondeu, tentando fugir do assunto. Ela também havia notado mais que claramente os olhares da paraense, mas não queria admitir que tinha gostado do jeito que ela a comeu com os olhos.
— Tu não viu não? A bichinha faltou babar vendo você dançar, tadinha. Mas isso não importa agora. Vem, vamo aproveitar essa noite que ela é toda sua!