Vergonha.

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Ei, tenho nem cara lavada pra aparecer aqui. Mas enfim, atualizei! Espero que gostem <3

Aila

Desde aquele beijo, Bruno e eu nos tornamos inseparáveis. A química entre nós é inegável, mas nossos sentimentos ainda estão em um território incerto. Tivemos oportunidades "em partes", mas a hesitação sempre se interpôs. Estamos ambos inseguros sobre o que fazer em seguida, como proceder, e se as pessoas ao nosso redor já perceberam algo. Não é um namoro oficial, mas há uma forte amizade, um gostar mútuo, ou pelo menos eu acredito que gosto dele. Não tenho certeza se meu sentimento é tão profundo quanto o dele, então estou tentando ir com calma, temendo magoá-lo, embora a vontade de beijá-lo novamente me consuma.

Agora, estamos a caminho dos EUA. No mesmo dia em que nos beijamos, Bruno confirmou sua participação na viagem da família Loures para o país, e estou emocionada em ter todas as pessoas que mais amo no mesmo lugar, vivendo uma experiência tão especial.

Jean passa o braço ao redor da cintura de Camila e pergunta, com um sorriso brincalhão: — Quem vai sentar com quem?

Eles estão claramente juntos, e diferente de mim e Bruno, não estão se escondendo. Sorrio ao ver minha prima e um dos meus melhores amigos cuidando um do outro.

Camila responde, com um ar divertido: — Você comigo, óbvio. — E então, ela se vira para mim. — Ailinha, quer ir com a Carol?

Eu me pego umedecendo os lábios, lançando um olhar ao redor. Estamos na fila para embarcar no avião, e Bruno me lança um olhar ansioso, cheio de expectativa. Meu coração acelera, mas de repente sou tomada pela timidez.

— Ah, pode ser — concordo, tentando esconder minha hesitação.

Bruno fica um pouco para trás, e isso me faz sentir um aperto no peito. Ele sempre esteve ao meu lado, e agora, de repente, estou me esquivando dele. Sinto-me mal por deixá-lo chateado, mas a vergonha é mais forte do que a coragem no momento.

— Tudo bem, então. Vou encontrar outra pessoa. — Ele diz, com um tom de voz um pouco desanimado.

Luís se aproxima, abraçando Bruno.

— Vocês não nasceram grudados. Posso ir com você, cara. — Ele provoca, dando um beijo na bochecha de Bruno.

— Sai fora, vou com o Thomaz.

— Você que sabe. — Luís responde.

— Podemos revezar, Lu. — Eu sugiro, olhando para ele. — Aí você fica com a Carol um pouco e não fica sozinho a viagem toda.

Luís sorri e concorda com a cabeça, e logo todos estamos entrando. Enquanto guardo as malas, tenho dificuldade com a última, por que é pesada e está alta. Bruno está passando por mim, e tento chamar atenção dele.

— Me ajuda?

— Por que não pede pro Luís? — Ele responde, passando reto por mim.

Franzo as sobrancelhas, sem entender sua reação.

— O quê?

— Pede pra ele, vocês vão revezar o lugar e tudo mais. Se importou em ajudar ele, ele te ajuda.

Ele segue em frente, e minha boca fica aberta. Não posso acreditar que ele está com ciúmes de uma simples fala.

Nesse momento, Carol chega e me ajuda com a mala, lançando um sorriso gentil.

— Precisa de ajuda?

— Obrigada, Carol. — Agradeço, aliviada com sua chegada. — Bruno ficou meio... estranho agora.

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