Capítulo 3

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˙ ✩°˖🍉𝙈𝙖𝙞𝙖 𝙀𝙨𝙩𝙚𝙡𝙡𝙖 ⋆。˚꩜

Depois de tanto insistir deixei o Oliver me levar pra casa. Durante pelo menos 3 aulas o garoto não parou de reclamar e prometeu a si mesmo que não me deixaria voltar de ônibus. Eu, sem poder fazer muita coisa, aceitei a carona.

 

— Você é muito difícil. — disse enquanto colocava o cinto.

— E você é muito teimosa. — retrucou, dando a partida no automóvel.

Me virei pro maior e dei língua pro mesmo que logo riu do meu ato. Saímos do portão da escola e fomos em direção ao meu bairro.

— Já sabe pra onde vai? — o loiro puxou o assunto, olhando para a estrada.

— Não... — suspirei, jogando minha cabeça pra trás e encostando no banco — A não ser que eu consiga aprender vôlei milagrosamente daqui para amanhã, não terei outra escolha a não ser ir pro time de baseball. — resmunguei, ponto a mão nos olhos.

Era tudo o que menos queria, ir para o time de baseball. Além de não ter noção alguma de como aquilo funcionava, eu não iria ter um minuto de paz até pelo menos o fim do ano. Isaac já me perseguiu por muito tempo, se não fosse Oliver para afugentá-lo na maioria das vezes, acredito que ele não tomaria vergonha na cara nunca!

— Bom, chegamos, Mai. — senti o carro estacionar bem em frente a minha casa.

— Obrigada, Oli. — tirei o cinto e me virei, abraçando o maior com carinho.

— De nada, cuidado com o frio. — ouvi-o enquanto saia do carro, me fazendo rir e respondê-lo na brincadeira.

— Tá bom, papai!

Desta vez, ele que me deu língua. Segui o pequeno caminho de concreto até a porta e logo abri. Chamei por alguém mas não obtive resposta, provavelmente os garotos não haviam chegado da escola. Tirei meus casacos mais pesados e botei no armário destinado a isso e fui direto pro quarto. Abri minha playlist no Spotify e pus em ordem aleatória, podendo ouvir Getting Older da Billie logo de início.

Tirei minhas roupas e prendi meu cabelão em um coque muito bem amarrado, indo direto para o banheiro me banhar. Não demorou nem 10 minutos para eu sair com uma toalha amarrada ao corpo e ir me trocar. Olhei para o relógio e vi que marcava 17:30 da tarde, lá em casa era o momento perfeito para ligar para a mamãe.

— Mana, já estão todos em casa?

 Hola mi hija, estamos todos sim!

 Ótimo, ligo já já!

Me sentei na minha mesa de cabeceira e liguei o computador, abri o site e liguei para minha mãe, sendo atendida em poucos minutos.

— Hola!! — disse com um sorriso no rosto vendo toda minha família reunida na mesa de jantar.

— Niñita, como você está? — ouvi minha mãe do outro lado da tela com um sorriso no rosto.

— E aí, como tá a faculdade muñeca? — meu avô perguntou.

— As coisas estão indo bem, tô acompanhando bem os assuntos e tá tudo tranquilo, até. — disse coçando a nuca e rindo sem jeito.

Pude ver a abuela negando com a cabeça, olhando pra mim desconfiada. Ela sempre soube quando acontecia algo e eu não queria dizer. Dona Margarida era muito sábia, sabia de muita coisa sentada naquela cadeira enquanto passava o dia costurando. Sim, a abuela é costureira, já o abuelo é sapateiro.

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