Virgindade Intacta_Parte 1

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VIRGINDADE INTACTA

Parte 1

—Delaila?

—Sim?

—Você vai ter cliente hoje.

—Sério? Dança?

—Não, querem o serviço sexual. Se apronte.

—Ok.

Não sou lá grande fã de transar com os clientes da Sans. Claro, existem alguns que se sobressaem, mas quase sempre os caras ficam "apaixonados" e começa uma disputa idiota por um amor que eles criaram em suas cabeças.

O termo "filha da puta" nunca foi tão bem usado comigo, é exatamente o que eu sou. Em todos os sentidos possíveis.

Não espere muito amor, não quando você é um cliente apenas pagando para que eu diga palavras sujas e finja gemer com seu pinto mal enfiado e uma foda barata.

Não espere que eu seja gentil, quando você deixa mulher e filhos para me usar de depósito de esperma.

Não serei sua amiga, tão pouco te quero bem.

Me visto, colocando uma roupa curta, homens adoram roupas curtas e provocativas, hoje optei por uma cinta liga da cor violeta, um sutiã de renda da mesma cor, por cima da lingerie vesti uma blusa de cetim branca, acompanhada de uma saia plissada xadrez.

Trabalho nisso há algum tempo. Não me vejo fazendo algo tão bem quanto isso, parece um pouco extremo, mas é exatamente isso. Sou boa em dar prazer as pessoas, boa em ler corpos, sei quando um cara se excita, o corpo fala muito mais do que a boca é capaz de dizer e sou uma oradora nata dessa área.

—Estou pronta. —Aviso Devon, que contava algumas notas de dinheiro.

—Quarto sete. Parece que é um presente de aniversário, então seja gentil. —Explicou rápido logo voltando sua atenção para o bolo de dinheiro em sua mão.

—Ok.

Passo pelo bar, pegando a chave do respectivo quarto e bebendo um shot de tequila para dar uma aquecida no corpo. Já havia se tornado uma tradição beber um gole antes de qualquer transa. Por mais estranho que soe, isso me deixa com mais tesão, tornando mais fácil gozar, as vezes preciso de bem mais que um shot com alguns clientes, mas isso não vem ao caso.

A boate estava cheia como de costume, assovios e olhos famintos me perseguem por todo o corredor até as escadas. Tudo em um clima de orgia e vida eterna. Ninguém pensa que vai morrer num lugar como esses.

Pelo menos, nunca pensam que pode acontecer com eles.

Se surpreenderiam com a quantidade de mortes ali. É quase um cemitério.

Assim que chego em frente a porta de madeira, pego a chave, pondo no trinco e o girando calmamente. Espero que ao menos o cara seja bonito.

Abro a porta sem esforço, dando de cara com nada menos que uma garota, uma mulher. Sentada na beira da cama enquanto olhava os próprios pés e alisava as mãos uma na outra em nervosismo. Seus olhos sobem para mim e por um instante senti um arrepio subir do meu centro pelo corpo.

Entrei e fechei a porta, encarando a garota que estava claramente desconfortável.

—Olá. –Me aproximo mantendo o olhar sob a moça.

—O-olha. Vou ser direta. Não quero sexo. Minhas amigas me colocaram aqui com a ideia estúpida de me tirarem a virgindade no meu aniversário, mas não quero transar com você. Sem ofender, mas quero fazer isso com alguém realmente interessante. Uma garota que eu ame. –Fala tudo num único fôlego, respirando fundo em seguida.

Fuga de clichês, Short fics Billie Eilish ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora