Virgindade Intacta_Parte 2

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VIRGINDADE INTACTA

Parte 2

Destaco dois comprimidos da cartela em minha bolsa, tomando ambos a seco. Estava no fim de semana agitado, o fim de semana pós pagamento.

Imagine a boate como um mercado. Todos frequentam mais depois de receberem seus respectivos salários, assim podendo gastar na carne mais cara, no produto almejado por todo mês. A diferença era que na Sans, não havia uma data de validade para o uso das mulheres, a não ser, que por um descuido alguma delas engravidasse.

Um momento não tão poético e cativante. Ver uma puta sofrer tomando chás e tudo que se possa imaginar para eliminar as "sementes" e voltar a trabalhar.

Por sorte sempre mantive um bom cuidado com meu corpo e Devon sempre preferiu que eu trabalhasse nas danças de palco, que não trazem tanta renda quanto os encontros particulares, mas ainda assim é melhor que ser comida de quatro por um homem de meia idade com uma família o esperando depois de gozar dentro.

Já dá para ter uma noção que uma vida com essa intensidade, também se reflete no psicológico, anti-drepressivos duas vezes ao dia.

Uma terrível realidade.

—Delaila, já fez seu show? –Devon surge com o cenho franzido e assinto.

—Dancei agorinha, a Lilith entrou depois de mim. –Explico ao homem que assente enquanto encarava o relógio.

—O Will te ensinou todos os drinks?

—Sim, semana passada estivemos treinando.

—Ok, pelo resto da noite você fica com ele no bar, se houver alguma proposta peça para falarem comigo. –Ordena e assinto.

São exatas quatro semanas. Quase um mês.

Quase um MÊS.

Que não consigo tirar Billie da cabeça, não consigo passar uma noite sequer sem imaginar como poderia ter sido diferente, como gostaria que a mulher tivesse me visto com o mesmo desejo que a vi.

Quem quero enganar?

Eu sou a puta aqui.

Sigo para o bar no canto da boate, iluminado com alguns neons ao redor que davam um ar mais sexy e chamativo ao ambiente.

—Hey, Will. Devon me mandou ficar com você hoje.

—Oi, docinho. –Me chama com um aceno de cabeça e me posiciono ao seu lado —Está pronta?

—Mais ou menos.

—É fácil. Qualquer dúvida vou estar aqui.

—Hey, vê dois dry martinis. –Um homem se aproxima com uma das garotas da boate.

—Vou deixar esse com você, se lembra de como te ensinei? –William pergunta me olhando nos olhos e assinto incerta.

Will era um cara gentil, era engraçado como dentre todos ali ele era o mais sociável, era o segundo no comando, mas gostava de ficar no bar, também porque o último bartender usava o posto para vender algumas drogas e ficou com algumas garotas. O que não agradou nada o Devon.

Até que sinto falta do Fred, ele tinha uma maconha maneira e um êxtase dos bons.

Não é como se a Sans proibisse drogas, mas Fred não era cuidadoso e duas overdoses e uma prostituta grávida não eram exatamente o que atraia os clientes para a boate.

Coloquei as três doses de gim, a dose de vermute e o gelo. Mexi com cuidado, despejando o líquido no copo frio já preparado por Will, coando do gelo e repetindo o processo para o outro copo.

Fuga de clichês, Short fics Billie Eilish ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora