O ano era 2047.
O ano em que a Europa havia parado.
O ano em que saiu nos noticiários a queda do cometa H.P
Claro, no começo, ao ser catalogado e se aproximar da órbita do nosso planeta, alguns achavam ser um meteoro pequeno que causaria poucos danos, outros mais céticos achavam que era o início de uma guerra, que possivelmente aquilo fosse bombas prestes a nos atacar e que o governo queria esconder a informação para não causar alarde.
No entanto, após incansáveis noites de estudo por parte dos especialistas, dedicando-se inteiramente à investigação do misterioso objeto voador, o identificaram sendo um cometa, uma formação celestial composta por uma mistura de gelo, poeira e gases cósmicos. Tais corpos, conhecidos como os menores e mais efêmeros do vasto Sistema Solar, com sua beleza fugaz e pela sua trajetória misteriosa pelo cosmos.
Alguns dias antes do evento iminente, a equipe da NASA realizou meticulosos cálculos para determinar a trajetória do corpo celeste não identificado, prevendo com precisão onde ele provavelmente atingiria a Terra. Em uma corrida contra o tempo, enormes estruturas foram erguidas nos arredores, mesmo em uma pacata região rural, com o objetivo primordial de evacuar os habitantes locais, garantindo-lhes segurança diante da possível ameaça. Essas medidas não apenas visavam proteger vidas, mas também forneceram uma oportunidade única para os cientistas estudarem de perto o fenômeno cósmico prestes a ocorrer, preparando-se para desvendar os mistérios que o acompanhavam.
Todos contavam os segundos, à espera da queda.
A tensão permeava cada canto do país da Inglaterra, uma atmosfera carregada de incerteza pairava. Ninguém ousava predizer as proporções exatas do impacto iminente, nem quanto dano poderia ser causado. Sobretudo, pairava a pergunta que ecoava na mente de todos: o que, afinal, era aquele fenômeno que se aproximava? Era uma incógnita que alimentava o receioe a curiosidade, enquanto a expectativa se misturava com o desconhecido, envolvendo a população em um véu de apreensão e especulação.
E então, foi chegada a hora.
A aterrissagem suave surpreendeu a todos quando o cometa encontrou seu destino na Terra. Em vez de caos e destruição, um suspiro coletivo de alívio ecoou pelo local. O impacto foi mínimo, deixando apenas uma leve cratera como lembrança de sua passagem. Enquanto o pó se assentava e os destroços esfriavam, a esperança se renovava para um futuro sem precedentes diante desse acontecimento monumental.
Já na grande estrutura, após a queda, dois cientistas devidamente equipados, com óculos de proteção com respiradores e uma roupa para proteger de possíveis gases tóxicos, se esgueiraram pela estrutura, e com passos vagarosos, eles se aproximaram do objeto celeste, observando a desconhecida aura que emanava do cometa, estudando cada detalhe com olhos ávidos por descobertas. O ar estava impregnado com uma mistura de temor e excitação, prontos para desvendar os segredos que a matéria cósmica guardava.
Conforme os cientistas se aproximavam com um sentimento de curiosidade, cuidando para serem cautelosos, depararam-se com uma cena singular.
— James... — A cientista sussurrou com sua voz carregada de espanto.
Seu marido, James, ergueu as sobrancelhas, seus olhos refletindo o mesmo assombro.
— É um menino... — Ela murmurou, mal conseguindo acreditar.
E onde deveria estar o objeto voador, tinha um garoto.
O jovem, envolto por uma suave luminosidade, repousava serenamente no solo. A pequena cratera que se formara ao redor dele parecia abraçá-lo, oferecendo-lhe um confortável refúgio para o seu sono. Encolhido e perfeitamente encaixado na cratera.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Starity: O mistério extraterrestre - Drarry
FanfictionA queda de um cometa não registrado abala a Londres de 2047. Os cientistas das forças armadas, liderados por Tom Riddle, começam a investigar e acabam encontrando um jovem rapaz no lugar que deveria ser do objeto voador, com capacidades de ver além...