Os dias passaram desde o estranho mal-estar que senti no parque de diversões. Embora tenha tentado ignorar os sintomas, uma preocupação persistente começou a tomar conta de mim. Um pensamento assombroso se insinuava em minha mente: a possibilidade de uma gravidez.
Apesar do medo e da incerteza que essa ideia provocava, decidi manter o segredo escondido, pelo menos por enquanto. Não podia imaginar a reação do meu pai diante dessa notícia inesperada. Ele já tinha tanto com o que se preocupar, e não queria acrescentar mais ansiedade à sua vida.
No entanto, conforme os dias passavam, os sinais se tornavam mais evidentes. Enjoo matinal, fadiga inexplicável e alterações no meu apetite começaram a me incomodar, tornando cada vez mais difícil esconder a verdade.
Decidi fazer um teste de gravidez, mas o medo do resultado me paralisava. O que aconteceria se fosse positivo? Como eu lidaria com essa situação sem o apoio da minha mãe e com o receio da reação do meu pai?
Enquanto lutava com esses pensamentos turbulentos, minha mente vagava para o passado, lembrando-me das palavras de conforto que minha mãe costumava me oferecer em tempos difíceis. Se ao menos ela estivesse aqui agora, para me orientar e me acalmar.
Mas a realidade cruel era que eu estava sozinha, enfrentando esse desafio sozinha. E então, em meio à minha angústia e confusão, fiz uma promessa silenciosa a mim mesma: Não Importa o que acontecesse o Nick nunca ficaria sabendo e eu nunca nunca iria abandonar essa criança se eu estivesse grávida
Mas e minha carreira e meus sonhos o que aconteceria com tudo que eu planejeidesenrolavam em uma névoa de ansiedade e segredos, enquanto eu lutava para manter minha preocupação com a possível gravidez oculta do meu pai. Cada enjoo matinal, cada momento de fadiga inexplicável, eram lembranças constantes da incerteza que me consumia.
Enquanto isso, meu pai estava cada vez mais preocupado comigo. Ele notou minha mudança de comportamento, minha falta de apetite e minha palidez, mas eu continuava a esconder a verdade, afirmando que era apenas estresse ou uma gripe passageira.
O teste de gravidez permanecia esquecido na gaveta da minha mesinha , uma fonte constante de ansiedade e dúvida. Eu temia encarar o resultado, temia o que isso significaria para o meu futuro e para o relacionamento com meu pai.
?E como eu explicaria isso ao meu pai?
No entanto, o medo e a incerteza me mantinham paralisada, incapaz de dar o próximo passo. Eu precisava encontrar coragem dentro de mim mesma, coragem para enfrentar a verdade, coragem para aceitar as consequências e coragem para seguir em frente, não importa o que acontecesse.
E assim, enquanto o peso do segredo continuava a me pressionar, eu me preparava para enfrentar o desafio que mudaria minha vida para sempre.
Apesar da minha hesitação e medo, o peso do segredo se tornou insuportável. Eu sabia que não podia mais adiar o inevitável. Decidi que era hora de enfrentar o teste de gravidez e encarar a realidade de frente, custasse o que custasse.
Com mãos trêmulas, retirei o teste da gaveta e segui para o banheiro. Meu coração batia descompassado no peito enquanto aguardava o resultado. Fechei os olhos por um momento, reunindo toda a coragem que podia reunir, e então, finalmente, olhei para o visor.
O teste mostrava duas linhas distintas.
Um misto de emoções inundou meu ser. Medo, incerteza, mas também um lampejo de esperança. Seria possível? Eu estava realmente grávida?
Não tive muito tempo para processar meus pensamentos, pois logo em seguida ouvi batidas na porta. Era meu pai, preocupado comigo, como sempre. Eu não podia mais adiar. Era hora de contar a ele a verdade.
Abri a porta e o encarei, os olhos marejados de lágrimas, as palavras presas na garganta. Ele me olhou com preocupação e carinho, esperando por uma explicação.
"Pai...", comecei, lutando para encontrar as palavras certas. "Eu... fiz um teste de gravidez."
A surpresa estampou-se no rosto dele por um momento, antes de dar lugar a uma expressão de pura alegria.
"PUTA MERDA" ........ "Grávida?", ele repetiu, os olhos brilhando de felicidade. "Isso é maravilhoso, April! Você vai ser mãe, e eu, avô!"
Sua reação foi completamente inesperada. Enquanto eu me preparava para o pior, ele estava ali, radiante de alegria e entusiasmo. Todo o medo e apreensão que eu tinha desapareceram diante da sua empolgação.
Ele me abraçou com força, transbordando de amor e apoio. E, naquele momento, percebi que não importava o que o futuro reservava, enquanto tivesse meu pai ao meu lado, eu poderia enfrentar qualquer desafio.
Juntos, pai e filha, nos preparávamos para o próximo capítulo das nossas vidas, cheios de esperança e determinação. E, com o apoio um do outro, sabíamos que poderíamos superar qualquer obstáculo que surgisse no nosso caminho.