ARCO 5 (1/4) - MARIAH

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— Ainda estou curiosa sobre alguns pontos. — Chae diz, se encolhendo junto a Jaelin atrás de uma das motos estacionadas na garagem enquanto eu caminho de um lado para o outro.

— Hmm. — Eu resmungo para que ela continue, ainda com meus olhos atentos à panela que conseguimos fixar acima do que deveria ser a base de uma lamparina.

A cada minuto que passa, eu me convenço mais de que o fogo é muito pouco para que a água ferva antes de o óleo da maldita lanterna acabar.

— Conhecemos o senhor Song, e as meninas. Mas onde estava a mãe de Mingi? Se Hajun é o irmão mais novo, então...

— Eu não perguntei sobre isso, mas ouvi Baran conversar com Yeonsang sobre "a falecida senhora Song". — Eu digo. — É uma pena... Pobre Mingi... E Hajun é tão novinho...

— Pobre senhor Song... — Jaelin comenta. — Mas ele parece bem. Não é?

Eu assinto, parando de andar para finalmente me sentar próximo às duas. Tirando a máscara que tampa minha boca e nariz para respirar melhor, depois de me desfazer do par de luvas em minhas mãos.

— Ele deve ter passado por um momento difícil, mas parece estar bem agora. — Comento. — É incrível como todo o mundo, que não está conformado por trás dos muros e portões das Colônias Oficiais, parece ter desenvolvido um tipo de capacidade extrema em superar acontecimentos. — Suspiro. — É como se coisas realmente muito ruins acontecessem, mas não tivessem tanto peso quanto teria para qualquer um de nós. É doloroso, mas fácil de ser deixado para trás.

— Isso não parece certo. — Jaelin nega com um gesto, abraçando os próprios joelhos.

— Definitivamente, não. — Chae concorda.

Ela morde os lábios, hesitante por um tempo, antes de partir para a próxima:

— E isso? — Ela aponta para meu bracelete. — Foi mesmo o Yunho quem te deu?

— E é verdade que você beijou ele e o Sang ao mesmo tempo?!

Nós dois, eu e Chae, arregalamos nossos olhos quando nos viramos para Jaelin ao mesmo tempo. Completamente pasmos.

— Como é que é?! — Chae parece estar surtando.

— Quem te contou?! — Eu pergunto.

Então, os olhos de Chae não estão mais na menina.

— Então é verdade?! — Ela praticamente grita.

Jaelin não consegue conter a gargalhada.

Eu sorrio, sem jeito. Mostro minhas palmas e as agito quando tomo minha defesa:

— Não era pra ninguém saber disso... Quem foi qu-

— Baran disse que viu vocês na vila. — Jaelin diz. — Na vila do centro.

— Maldita barata! — Eu praguejo, me levantando quando finalmente ouvi a água ferver. — Eu vou bater um papo com ele, depois.

— Você beijou os dois?! — Chae continua desacreditada. — Tipo, de uma vez?! E qual seria a logística disso?!

— A Jaelin está presente. Vou te poupar dos detalhes. — Eu digo. — Mas sim. Eu beijei os dois na vila do centro, e o Jongho na vila da costa.

— Como é?! — Agora, ela e Jaelin gritam ao mesmo tempo.

Eu suspiro, vestindo minhas luvas e máscara outra vez ao me aproximar da panela.

Chae imita meu ato anterior. Ela se levanta e se estica um pouco na ponta dos pés para tentar ver melhor a panela com água fervente.

Estandarte de Jade |• ATZ (Poliamor)Onde histórias criam vida. Descubra agora