A capther

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"Emoções não expressadas jamais morrem, elas são enterradas vivas e voltarão mais tarde, mais feias"

Sirius Black, 15 de outubro 2016

— Você está bem, Pads? — perguntou Remus, seus olhos cor de mel me fitando e um sorriso brincalhão em seus lábios. James gargalhou.

Remus estava... normal?

— Você sabe como ele fica depois das festas, Remie — disse James, Peter riu.

— Você quer um pouco de água?

— Sim... Por favor...

E me foi entregue um copo grande de canudinho.

Seria errado dizer que eu estava bem, contudo, não podia dizer que estava ruim. A bebida não era meu problema, ao menos não hoje, não hoje! Bebo a muitos anos, desde a adolescência e não seria um pub inglês que me destruiria. Na verdade, essa teria sido a primeira vez em muito tempo que não bebi até esquecer meu próprio nome.

E este era o problema.

O problema era que eu me lembrava...

James balançava o próprio corpo no ritmo da música remexendo nas panelas no fogão, Peter estava jogando videogame sentado no chão pois Remus ocupara ele inteiro deitando para ler seu livro, e nenhum deles seria otário o suficiente para interromper a leitura de Remus.

— Como foi a festa ontem? — perguntou Peter, jogando todo o corpo para a direita para desviar dos pequenos monstrinhos espaciais que ele tentava matar.

— Foi terrível — resmungou Remus, James riu. Soltei um sorriso. — Continue Sirius, apenas não se esqueça de mandar lavar seu carro...

— Espera... — e eu fim uma pausa pois doía conversar. — O que houve com meu Camaro?

— Com seu camaro — murmurou Remus em uma voz enojada. — Você vomitou nele, seu idiota.

Peter e James gargalharam.

— Ainda não acredito que você foi com ele — brincou James.

— O Sirius fez aquela cara...

Peter riu.

— O almoço fica pronto em 5 minutos, vão lavar as mãos — ordenou James Potter. — Peter, venha me ajudar a por a mesa.

— Peça ao Sirius, estou ocupado — resmungou Peter, desviando de outros monstros.

— Se ouvir um prato batendo, juro que vomito — murmurei me levantando da mesa para ir lavar as mãos.

Quando meus olhos toparam com aqueles brilhantes e reluzentes olhos castanhos, com seu sorriso ladino e suas cicatrizes, seus lábios rosados e céus, com ele... Remus só podia estar de sacanagem com a minha cara. Como alguém podia ser tão bonito?!

— Noite da pizza hoje — disse James colocando um pouco de batata em seu prato.

— Me passe a pimenta — pediu Peter ao Remus.

— Não posso hoje, Prongs — murmurou Remus, arqueei as sobrancelhas. Remus sorriu.

— Como assim não pode hoje? — perguntou James apertando o cenho.

— Eu tenho um compromisso — disse Remus, suas bochechas corando violentamente. — Eu vou sair com um... amigo.

— Que amigo?! — perguntei exasperado, James riu e cutucou as costelas de Remus.

— Um amigo, Remus? — disse James insinuativo. Fiz que ia enfiar o dedo na garganta.

— E onde vocês vão? — perguntou Peter, igualmente insinuativo.

Maybe it's the eyesOnde histórias criam vida. Descubra agora