Capítulo 65: Para a Terra

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  (Narrativa da narradora) - Continuação da Cena 1 do capítulo anterior...

  S/n: Mas como vamos fazer isso exatamente? - Você pergunta parecendo suspeitar do demônio.

  Alastor: Ótima pergunta, minha cara! - Ele disse animadamente. - Eu também não faço a menor ideia! - Ele riu.

  S/n: O que?!! - Você se irritou. - Fizemos um acordo e você não me deu o que prometia e sua parte ainda era conseguir a minha confiança?!! - Você gritou irritada, seus olhos já começando a ficarem escuros como tinta.

  Alastor: E é por isso que eu pedi sua confiança querida! Eu só estou brincando, eu sei exatamente como ir até lá, mas precisava ver como você reagiria. Parece que você ainda não cumpre sua parte do nosso acordo. - Ele disse sorridente, com um argumento que você não poderia contestar. Afinal, você realmente não confiava nele (ainda).

  S/n: É... Talvez... - Você desvia o olhar, com ele já retomando ao normal.

  Alastor: Venha... Tem algo que quero te mostrar. - Você congelou no lugar com pavor. Essa frase te soou tão familiar de uma maneira hostil, pois foi com essa frase que você foi enganada por Joey e colocada dentro do mundo da máquina e condenada pela eternidade.

  Joey... Joey... Joey...

  Esse seria o nome que assombraria toda a sua vida? Você não queria isso! Você não queria pensar nele a cada passo que dava e temê-lo além de odiá-lo, seu destino era mais do que ficar em loop em uma mera memória. Não é?

  Quanto tempo um mero milésimo pode se prolongar? Foi um mero dia na sua vida, mas até hoje você o vive em loop, sem conseguir se desprender daquelas memórias cruéis. Sem esquecer aquele homem cruel.

  Um trauma sempre é mais profundo do que memórias felizes... Eles superam. Têm supremacia diante de sua vida e seus pensamentos. É como viver numa gaiola, sem poder gritar pois soaria idiota. Sem poder correr, pois você sempre volta no mesmo ponto da estaca zero. Como um loop. Como um ciclo.

  Você deixou isso de lado e optou por sair dali, indo até Alastor e tentando esquecer aquela cena da sua cabeça. O desespero que sentiu quando o nível da tinta começou a subir e você percebeu que ela era densa demais para nadar. Quando sentiu aquela sensação horrível de perder o ar e, depois, a consciência. Quando morreu.

  Alastor: Siga-me querida. - Ele começou a caminhar em direção ao elevador, para irem direto para a torre de rádio.

  Vocês entraram no elevador e ele apertou para irem até o último andar. Um silêncio consumiu o ambiente enquanto a viagem iniciava.

  Um mundo de mentiras... Mascaras caem, mas será que será percebível? Todos já sabem da verdade? Aqueles olhos te assustavam. Te fazia sentir julgada, como se eles soubessem dos seus segredos e de cada detalhe sobre você. E o medo do que fariam com esses dados era perigoso.

  Você estava ficando louca?

  A vozes ressoavam na sua cabeça. Elas gritavam de dor e desespero enquanto almejavam por vingança maquiada de justiça. Eles eram loucos. Você era louca. Todos eram loucos.

  Ao ponto que a realidade ao seu redor se distorcesse. O tempo não existe. A vida é uma ilusão. Você está morto e isso é só um sonho. Sua vida real é nos seus sonhos. Acorde. Acorde. Acorde. O que é real e o que não é? O mundo de tinta? A Terra? O inferno? Que porra é tudo isso e o que seria real? Nada faz sentido. - As vozes dizem.

  Você tentou cessa-las de sua cabeça uma vez, mas elas continuam voltando sempre.

  ~pulo de tempo~

Um problema triplo (Bill Cipher x reader x Alastor x Bendy) - CANCELADAOnde histórias criam vida. Descubra agora