A Malfoy da Grifinória

Capítulo 15

Carina recebe uma carta anônima. Perto do Natal, Stella e Carina passam a tarde de sábado na sala comunal da Lufa-Lufa.

No café da manhã de domingo (um dia após o jogo), quando todos estão recebendo o correio no Salão Principal, quando uma coruja que eu não reconheço sobrevoa a mesa da Grifinória e larga uma carta na minha frente. Eu pego a carta e primeiro tento ver de quem é, mas estranhamente não tem nome nenhum. 

- Quem será que mandou? - eu murmuro. 

Outras pessoas da Grifinória sentadas perto de mim percebem a expressão confusa em meu rosto e que a carta é anônima. Eu viro a carta para o lado onde posso abri-la. 

- Se eu fosse você eu não abriria. Você nem sabe quem foi que mandou! - diz Hermione. - E se for alguma pegadinha? 

Eu levanto a cabeça, olhando em direção à ela. Por um lado Hermione está certa.

- Qual é, Hermione... - diz Rony ao seu lado. Ele olha para mim. - Você não vai saber o que é a menos que abra, não é?

Ele também tem razão. As pessoas na nossa volta estão com os olhares em mim, todos curiosos esperando que eu abra a carta anônima. 

- Eu aposto que é algum admirador secreto... - diz Lydia, dando uma risadinha. 

Eu respiro fundo, me preparando mentalmente para qualquer que seja o conteúdo da carta, por segundos pensando nas infinitas possibilidades: uma bomba de bosta, uma carta explosiva, uma ameaça de Sirius Black na sua única parente que é da Grifinória além dele, uma carta da minha tia Bela que está em Azkaban me ameaçando me matar quando sair... 

- Abre logo! - Jorge diz. 

E então eu abro. Imediatamente quando a carta é aberta, uma musiquinha começa a tocar e uma voz começa a cantar:

Cadê o rugido da Grifinória, onde foi parar?
Você disse que ia ganhar, mas viu a vitória escapar.
As asas dos leões foram cortadas, não puderam voar,
E agora a Grifinória só pode lamentar.

Carina, oh Carina, o que aconteceu?
A sua confiança não valeu, a derrota aconteceu.
Você disse que a vitória estava certa, que eu veria a festa,
Mas a Grifinória perdeu, e isso não se contesta.

Cadê o rugido da Grifinória, onde foi parar?
Você disse que ia ganhar, mas viu a vitória escapar.
As asas dos leões foram cortadas, não puderam voar,
E agora a Grifinória só pode lamentar.

Os artilheiros erraram, os batedores falharam,
Os apanhadores não pegaram, e o sonho se quebrou.
O goleiro não segurou, a goles voaram,
E a Grifinória só viu a derrota chegar.

Cadê o rugido da Grifinória, onde foi parar?
Você disse que ia ganhar, mas viu a vitória escapar.
As asas dos leões foram cortadas, não puderam voar,
E agora a Grifinória só pode lamentar.

Eu acho que o Salão Principal inteiro consegue ouvir a música. Eu reviro os olhos, já suspeitando a pessoa que me mandou a carta. Gina dá uma cutucada em meu braço, e então aponta para a mesa da Sonserina, onde vejo meu irmão e alguns de seus amigos dando gargalhadas. Assim que Draco encontra o meu olhar, ele dá um sorrisinho malicioso. 

- Acho que descobrimos seu "admirador secreto"... - diz Amber. 

Eu já esperava que meu irmão fosse implicar comigo por conta da derrota da Grifinória para a Lufa-Lufa no último jogo, mas não pensei que Draco fosse tão desocupado a ponto de fazer uma carta mágica musical e escrever uma música... Não vou negar, ele até merece pontos por sua criatividade. 

A próxima partida de Quadribol do ano a Grifinória em peso torce para a Corvinal (o jogo é entre Corvinal e Lufa-Lufa), já que para termos mais chance de ganhar a taça, é necessário que a Lufa-Lufa perca esse jogo. O humor de nós Grifinórios melhora um pouca com a vitória da Corvinal.