Cegada pelo meu amor fluorescente
Cortando minhas córneas em troca de uma dança
Assim como Ariel
Eu não enxergo sua violência no breu
Uma mulher frágil e espumante
Que ignora o mundo sombrio ao redor como uma criança inocente
Me entrego a submissão total em troca de seu coração oco
Em um lençol xadrez com cestas decoradas eu encaro minha morte
Cegando minha alma e minha intuição
Camuflando minha feminilidade com marés azuis que me afogam apenas para me manter ao seu lado
Mas não foi suficiente
Agora, me encontro com um agudo forte no ouvido
Caveiras a minha frente e minhas mãos ensanguentadas
Esperando você chegar
Cobrindo meus olhos com um véu florido
Pedindo pela minha vida e não mais pelo seu amor
Pedindo piedade pela minha alma já não mais cega.