Sabemos que temos muitos inimigos pela vida, mas nunca imaginei que minha mente seria minha pior inimiga.
Digo isso pois sempre tenho que estar me distraindo de algo que minha mente sempre trabalha para se manter em minha mente, desde pequena tinha ansiedade porém nunca foi sequer tratada.
Para ser mais exata meus pais nunca ligaram muito para minha saúde mental, então fui tentando me distrair com coisas que eu gostava.
E nessa procura de eu fugir da minha própria mente eu encontrei a luta.
Uma arte verdadeiramente magnífica que sempre me encantou de todos os tipos de estilos de luta
Dês de pequena quis ser lutadora, lembro-me de algumas vezes meu pai me ensinar alguns truques de chutes e golpes, ele era lutador de Muay Tay dês dos 17 anos porém parou após machucar sua perna em uma das lutas de campeonato.
Posso até dizer que fui me apaixonando aos poucos por está arte por conta do meu pai, mas acabei engrenando na luta de taekwondo e já estou nela a 1 ano e 3 meses.
Após beber um pouco de água, suspirei baixo e peguei um pano para secar as gotas de suor que estava escorrendo em minha testa, levanto-me do banco pronta para ir ao banheiro me trocar para ir embora depois de mais uma aula de luta.
-Fico feliz em vê-la melhorando Laysa, seu pai deve estar orgulhoso de você- diz minha treinadora Rosy
sorrindo e batendo suas mãos em minhas costas levemente.Olho para trás para vê-la por completo, Rosy aos seus 45 anos com seus cabelos com fios já brancos pele negra e seus olhos castanhos claros, além de sua idade ela tem um bom porte físico
Conheci ela através dos meu pai que já a conhecia dês dos seus 22 anos, a conheceu através de um dos seus campeonatos e assim se tornaram grandes amigos
Ela sempre lutou dês dos seus 38 anos e assim ela resolveu dar "folgas" e começou a ser treinadora de luta de taekwondo, e assim eu me tornei uma de suas a mais de 1 ano.
-Sim assim espero Rosy- sorri torto não tão feliz quanto ela, eu e meu pai já tivemos uma relação boa porém tudo mudou quando ele e mamãe entraram em um trabalho novo juntos, eles ficaram mais sério e sempre chegavam em casa estressados com algo, sempre dando motivo para brigas de longas horas.
Nossa relação esfriou aos poucos, sinto falta de como éramos uma família feliz, mas tudo mudou tão rapidamente e eu nunca lhe dei motivos para me tratarem como um tanto faz.
Eles foram ficando muito conservadores e me proibindo por coisas bobas, queria saber o real motivo disto tudo, mas um dia saberei o real motivo.
-Laysa querida- ela põe uma mão em minhas bochechas para acariciar -Você sabe que seus pais fazem tudo para o seu própria bem não é?- ela diz.
- te compreendo Rosy, eu vou indo logo pois tenho de estar em casa antes dos meus pais chegarem- falo para tentar encerrar o assunto. ela não entende, ela ainda está presa nas personalidades antigas dos meus pais, ela não sabe, não sabe que eles mudaram, que não continuam a mesma pessoa e nunca voltaram a ser os mesmo.
Lhe dou um último aceno e me viro para me trocar no banheiro.São exatamente 21:10 e estou caminhando pela rua fria, faço luta a noite pois estudo a tarde e eu ficaria exausta em fazer luta de manhã, além de que minha preguiça não deixa.
Esfrego minhas mãos na intenção de esquenta-las e abraço meus braços embriagando-me aos poucos pelo frio que faz.
Viro a esquina escura e deserta, não tenho tanto medo, já me acostumei e também o local não fica tão longe da minha casa
Em passo largos, escuto barulho de passos
Me assusto e viro-me para trás mas antes de eu olhar sou puxada para um dos becos da rua. Arregalo meus olhos e grito.
Meu Deus eu sou muito nova para morrer.
Antes da pessoa tentar algo lhe dou um chute em suas partes íntimas e ouço um gemido de dor. Tento me soltar de seu aperto porém sou prensada pela parede e o sinto pondo suas mãos em minha boca.
- Cazzo stai zitto - uma voz rouca murmura baixo, merda.
-me solta seu louco- digo com minha voz abafada pela sua voz
-ele está aqui? Esse filho da puta não pode fugir mais uma vez- ouço um cara todo de preto passando na frente do beco falar através de um rádio.
Me desespero, meu Deus eu vou morre eu estou com um assasino.
-fique quieta por favor, não vou fazer nada com você- ouço-o dizer em meu ouvido.
-por favor deixe-me ir- falo em agonia e o empurro para fugir porém sem sucesso, ele é mais forte que eu.
E em questão de segundos uma luz se liga, suponho que seja uma lanterna se liga através do beco que estamos.
Olho para o assasino a minha frente e vejo ele todo de preto com um capuz escondendo metade de seu rosto.
Porem a luz facilita de eu ver seus olhos verdes me fitando.
Seus olhos
Me tremo de medo porém... por que estou tão fascinada naqueles olhos?
Sem tempo de raciocinar me vejo sendo puxada em direção a outro beco por ele para fugirmos dos caras de preto que nos descobriram.
Ouço tiros vindo a nossa direção e grito em desespero.
-preciso que fique aqui até que eles corram atrás de mim pequena garota- ouço o misterioso cara dos lindos olhos verdes dizer, e ele me empurra para dentro de uma porta.
-Esper- sem me esperar dizer algo, o vejo correndo dos caras de preto em direção oposta dos tiros.
Estou sozinha, estou no escuro dentro de algo que não sei oque é, oque devo fazer? E se me matarem aqui dentro
Lembro-me do meu celular e o pego trêmula para ligar para os meus pais.
Disco o número da minha mãe, sem sucesso, oque ela está fazendo para não me atender? Tendo ligar para meu pai e também da chamada recusada.
-ELE ESTÁ AQUI!- ouço o grito de um dos caras que estava nos perseguindo, vou até a brechinha da porta e os vejo indo em direção do cara misterioso.
Respiro fundo e espero alguns minutos para sair dali e correr muito.
meu Deus oque aconteceu aqui? Quem eram aqueles caras, e quem era o misterioso dos lindos olhos verdes?
VOCÊ ESTÁ LENDO
O lado da faísca do amor
RomanceROMANCE DARK L A Y S A. uma garota presa em seus próprios pensamentos, desde pequena sempre foi reservada e inocente, sempre quis dar orgulho a seus pais conservadores. Diante de uma garota calma ela conhece sua escuridão que transformará a vida de...