é tipo o amor entre um cowboy e um militante...
criados em ambientes diferentes, com princípios e ideologias opostas, Leonardo e Kauã logo perceberão que a birra que tem um pelo outro nada mais é do que um p*ta tesão acumulado.
história em andamento...
"Cowboy tem preferência, o que elas quererem é 4x4
Não quer saber de carro rebaixado
Preferem love in mato
Sentido o gelo da fivela na sombra do chapéu
Dentro da camioneta nós leva elas pro céu"
5 PLAYBOY NÃO FAZ | Luan Pereira ft. DJ Kevin
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Não sei como a Ruth ainda não pediu tempo ou uma pausa no beijo com o cowboy de quase 1,90 de altura — só que eles estão tão comprometidos em trocar saliva, que foram chegando para a lateral, até que as costas se grudaram na parede do galpão, há mais de 15 minutos.
Poderia procurar o baixinho novamente que me beijou e pedir um replay, mas não sei chegar nas pessoas e mesmo que já tenhamos nos beijado, vai que ele está com outro agora e tudo vira um mar de constrangimento.
Vou curtindo os passos de dança de forma menos acelerada agora, com o celular na mão (a bateria desceu de escorregador, agora estou com 40% e sei que isso vai cair drasticamente daqui para frente). Olho o Instagram e vejo o perfil do baixinho que me seguiu: João Vitor, é calouro do curso de Agronomia e tem foto em manifestação de idolatrador de político.
Ai... não é como se eu fosse sair perguntando as ideologias de quem eu beijo, mas acho meio hipócrita queers apoiarem políticos que acabam com projetos de lei que beneficiam e apoiam a vida de pessoas LGBTQIAPN+ —, mas, assim, essa é apenas a minha opinião...
E o filho da mãe, além de burrinho, é gostoso... sabia que ele tinha um peitoral, mas o destaque "gym" só me confirmou isso. Talvez eu possa fingir uma cegueira momentânea e responder um ou outro stories dele qualquer hora dessas e já planejar uma fast foda.
Sigo-o de volta e levanto o olhar em direção a Ruth, ela continua aos amassos. Alguém se deu bem demais essa noite e, o resultado, é ela chegando em mim quase meia-hora depois e soltando a bomba da noite:
— Vou sumir um tempinho... meu amigo aqui e eu temos que resolver uma coisa. — ela olhou para o cowboy, que deu uma piscadela na direção da minha amiga. Ruth volta a me olhar e diz em um tom mais baixo, mas ainda sim um pouco maior que o funknejo estourado nas caixas: — Entende como eu não posso deixar passar a pica desse cara, né? Tipo, ele tem 1,90... olha que tentação.
— Ruth...
— Eu volto. — ela já está dando uns passos para trás. — Eu prometo, coisa de uma hora, no máximo.
Manda um beijo no ar para mim e já some com o cowboy no meio das outras pessoas. Suspiro fundo, para não me estressar... tínhamos um combinado e, pela cara dos dois, sei que vai levar bem mais que uma hora. Olho para o meu celular, são quase 4 da manhã, a noite está voando.
