A. M. A

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Anabel Corrigan.

- EU GANHEI! - Escuto a voz de Mabel, me levanto do sofá, indo até a sala de jogos.

- Não, Não Mabel, eu ganhei. - Anastásia diz, piscando varias vezes.

- Mentirosa! - Reviro os olhos, Mabel e Anastácia tem 22 e 21.

- Já chega. - Digo cruzando os braços, olhando para as duas.

- Oi Anabel. - Anastásia diz sorrindo fraco, jogando o controle do lado do console.

- Oi maninha. - Mabel sorri, acenando com a mão.

- O que está acontecendo aqui? - Aponto com o dedo para as duas.

- Anastásia está roubando. - Mabel da de ombros.

- Não estou! Você que está! - As duas começam a discutir de novo.

- Chega! - Grito fazendo as duas olharem para mim. - Você tem 22... - Apontei para Mabel. - E você 21. - Apontei para Anastásia.

- E? - As duas perguntam em uma sinfonia perfeita.

- Pelo o amor. - Bati a mão, me virando para sair da sala.

- Te amamos Anabel! - As duas gritam, me fazendo soltar um sorrisinho fraco, abaixando a cabeça.

Ah, deixa eu me apresentar. Prazer, me chamo Anabel Corrigan, cresci com as minhas duas irmãs, Mabel e Anastásia Corrigan, sempre foi mamãe, eu, Mabel e Anastásia, mas Matteo apareceu, e agora mamãe, Mabel e Anastásia moram com ele. A propósito, sou a mais velha, moro em um apartamento perto do estúdio de Hollywood, curto Bruno Mars, tenho dois gatos, tenho uma tatuagem nas costas, meu sonho é ser atriz, mas trabalho em uma pequena floricultura a quatro quarteirões do meu apartamento, minha vida romântica não é lá uma das melhores e sou vegana.

Bom, com o decorrer, vocês vão me conhecer melhor! Vão conhecer Mabel e Anastásia também!

Costumo visitar minhas irmãs todo sábado, pois é o dia da minha folga. Pelas coisas que Anastásia fala, Matteo é um homem tóxico, maluco e pervertido, elogia ela e Mabel muito acima do ponto, Anastásia me disse que ele ja tentou agarra-la, quando me contou senti vontade de mata-lo, mas Anastásia disse que ele estava bebado e que ia acabar com a família, pois mamãe está muito feliz.

Mabel disse que ja ouviu ele brigar com Magg de noite, mas nada muito sério. Meu sonho é poder tirar minha família daqui, leva-las para longe desse maníaco.

Respiro fundo antes de sorrir para minha mãe, que está ao lado de Matteo.

- Ah, olá Anabel. - Matteo pausa o filme, para prestar atenção em mim.

- Oi mamãe. - Cruzo os braços, desviando o olhar do rapaz.

- Seu sonho é ser atriz ne? Acho que esse papel cairia bem em você! - Ele aponta a tv, o filme que passava era meu favorito "Dirty Dancing - Ritmo Quente". Ele estava se referindo a Babe.

- É, também acho. - Me viro pegando minha bolsa acima da mesa, junto da chave da minha casa.

- Já vai? - Minha mãe pergunta.

- Sim, deixei Ilo e Milo sozinhos, também tenho que passar no mercado antes. - Dei de ombros. - Fica bem mamãe. - Enviei um beijo no ar.

- Eu te amo meu amor. - Ela sorriu.

- Tchau Bel! - Gritei. - Tchau Nat! - As duas apareceram. - Amo vocês. - Sorri vendo as duas acenar.

Saio da casa, sentindo o vento frio no meu rosto, vendo um carro preto passando.

Sigo meu caminho até meu apartamento, pego o celular e o fone, colocando na minha playlist favorita. Ando observando as casas ali daquele bairro, o lugar é bem xique, diferente do lugar que eu moro, as casas são modernas, dignas daqueles filmes, enquanto a mim, meu apartamento é pequeno mas é aconchegante.

Olho para trás, tendo a certeza de que não estou sendo perseguida. Sempre que estou andando assim, sinto alguém me olhando, andando atrás de mim, mas nunca tem.

- Can i just stay here... - Cantarolo baixinho, aceno para o vizinho que sempre está ali, lavando o quintal.

Quando chego no centro de Los Angeles, olho ao meu redor, vendo o quão movimentado está hoje. Meu celular vibra, me fazendo descer minha atenção até o aparelho, era uma mensagem de Mabel, perguntando se podia dormir lá em casa hoje, sorri com a proposta, mas por que só me pediu agora?

Levanto a cabeça quando sinto alguém esbarrar em mim, me fazendo soltar o celular com o susto.

- Droga... - Me abaixo pegando o celular. - Você não olha por onde anda? - Olho para cima, me deparando com uma mulher linda, seus olhos eram amendoados, sua pele era escura e seus cabelos cacheados estavam soltos, toda essa beleza extraordinária fez eu me sentir culpada por ter gritado com ela. - Me desculpa...

- Não, tudo bem... - Ela sorri. - Quebrou o celular? - Ela aponta com a cabeça.

- Ah não... - Bati de leve o celular na mão.

- Tenho que ir, desculpa... - Ela passa a mão no meu ombro, desviando de mim.

Quando ela desvia, a mesma mulher que aparece para mim desde pequena está parada do outro lado da rua, ela tem a pele clara, bem clara, seus olhos são azuis, ela tem cabelo preto e está sempre bem vestida, consigo perceber que ela usa correntes e anéis, porque todos eles reluzem no sol, seu semblante é sério e ela me assusta. Ela sempre apareceu para mim, não importa onde, sempre que estou sozinha, e quando estou com Mabel e Anastásia também, nunca perguntei se elas também a viam.

Fico encarando a mulher por um tempo antes de que ela desapareça, como sempre faz, num piscar de olhos ela some, sempre assim. Respiro fundo, voltando a andar, percebendo que meus gatos estão sozinhos.

Bem vindo a vida de Anabel Corrigan.

• A Morte lhe Cai Bem. • // B.EOnde histórias criam vida. Descubra agora