𝙻𝚄𝚇𝚄𝚁𝙸𝙰 |19

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  1842 palavras

  Consigo ouvir o som dos seus passos se aproximando, sinto seu cheiro e algo dentro de mim me dá a certeza de que é ele.

  Abro os olhos, encontrando o vazio na penumbra que preenche meu quarto. Engulo em seco, sentindo algo revirar em meu estômago.

  Sua mão toca meu joelho e estremeço, talvez de medo, talvez de desejo. Posso dizer que esses dois sentimentos travam uma guerra dentro de mim agora.

  Sentia o calor dele cada vez mais próximo, mas não o via, e essa maldita adrenalina me fazia apertar as pernas com uma força torturante.

  Um arrepio percorreu meu corpo inteiro quando senti seus lábios tocarem meu pescoço e seu maldito cheiro tomou conta do ar ao meu redor. Sua mão, que repousava em meu joelho, invadiu o espaço entre as minhas pernas nuas, acariciando minhas coxas até alcançar minha intimidade.

  Mordi o lábio, pressionando sua mão com minhas coxas, enquanto ouvia minha respiração alta, sentindo seus dedos me estimulando sobre o tecido da calcinha.

  Uma fome abundante me faz ofegar alto. Seus cabelos acariciam minha bochecha e sinto ele morder meu lábio inferior com força. Solto um grunhido de dor, fechando os olhos com força. Suas carícias em minha intimidade se tornam mais intensas, misturando o prazer com a ardência.

  Sinto a dor percorrer meu corpo junto com a crescente vontade de experimentar mais. Meu interior pulsa desesperadamente enquanto ele me faz revirar os olhos. Quando o gosto metálico de sangue surge em meus lábios, ele me beija intensamente, fazendo-me queimar por dentro em luxúria.

  Arqueio minhas costas, sentindo aquele prazer agudo em meu ponto sensível se intensificar, como se estivesse chegando ao meu limite.

— Lana? — O som de batidas tão fortes em minha porta alcança o meu quarto.

  Desperto, sentindo minha intimidade ainda molhada com o sonho que tive. Uma gota de suor escorre pela minha testa e sinto como se meu lábio realmente estivesse doendo.

  Levantei-me devagar, processando tudo o que acabara de acontecer, mas mais batidas me assustaram. Peguei um shorts de pano qualquer e vesti de forma desajeitada e com dificuldade, já que ele era um pouco pequeno. Abri a porta do meu quarto e cambaleei pelo corredor escuro em direção à sala.

— Quem é? —  Questionei a alguns passos de distância da porta de entrada.

  Escutava o som abafado da chuva, e pela fresta abaixo da porta, onde emergiam os únicos resquícios de luz, pude ver uma sombra, uma cena um tanto amedrontadora.

— Lana... Sou eu... A Mel. — Uma voz feminina completamente embargada pôde ser ouvida.

  Quem diabos é Mel?

  Não fazia ideia de quem poderia ser, mas ao ouvir que era uma garota, baixei a guarda e automaticamente me aproximei da porta e a abri.

  O vento forte e frio invadiu minha casa junto com o corpo da garota que caiu sobre mim assim que afastei a estrutura à qual ela estava encostada.

  Após cair no chão com ela sobre minhas pernas, fiz um esforço para virar seu corpo molhado, vendo o rosto pálido de Ammy Bell. Ela usava um vestido curto e preto com alças finas e estava descalça, seus saltos rosa estavam jogados na porta da minha casa. Seu cabelo molhado se espalhou pelo chão em volta do seu corpo fraco.

  Droga, Ammy! É uma quinta-feira.

— O que aconteceu com você? — Pergunto, secando seu rosto com a manga do meu pijama.

"Querido Diário" de Lana BergerOnde histórias criam vida. Descubra agora