Enquanto estávamos ali, conversando tranquilamente, algo mudou no ar entre nós. De repente, o clima ficou carregado de eletricidade, e nossos olhares se encontraram de uma maneira que me fez perder o fôlego por um momento.
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Pedro se inclinou na minha direção e me beijou suavemente nos lábios. Fiquei momentaneamente surpresa, e uma sensação de confusão se apoderou de mim. Eu não sabia se deveria retribuir ou recuar.
Seus lábios eram suaves e gentis, mas cheios de desejo, e eu me sentia atraída por ele. Mas ao mesmo tempo, uma parte de mim hesitava, perguntando se era certo seguir adiante.
Ele colocou suas mãos em minhas costas, puxando-me para mais perto dele, e eu senti meu coração acelerar em resposta. Era como se uma batalha estivesse acontecendo dentro de mim, entre o desejo de me entregar ao momento e a incerteza sobre as consequências.
O beijo se intensificou, tornando-se mais urgente e apaixonado, e eu me perdi nele momentaneamente. Mas mesmo assim, uma sensação de confusão persistia dentro de mim, me impedindo de me entregar completamente.
Quando finalmente nos separamos, estávamos ambos sem fôlego, nossas testas coladas enquanto tentávamos recuperar o ar. Olhei nos olhos dele, perdida em suas profundezas escuras, e vi o mesmo desejo refletido neles que sentia em mim.
"Desculpe, eu... não deveria ter feito isso," Pedro murmurou, sua voz rouca de emoção.
Eu balancei a cabeça, incapaz de formular palavras depois da intensidade daquele momento.
"Não se desculpe," consegui finalmente dizer, minha voz um sussurro. "Eu só... estou um pouco confusa."
Ele sorriu, seus olhos brilhando com uma emoção que eu reconhecia bem.
"Não precisa ficar confusa, Cris. Eu gosto de você, e eu sei que você gosta de mim também," ele disse, sua voz suave e convincente.
Eu me afastei um pouco, minha mente girando com todas as emoções conflitantes.
"Eu... Eu não sei, Pedro. Não quero que isso complique as coisas entre nós," eu disse, minha voz cheia de incerteza.
Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele tentou me beijar novamente, com mais intensidade desta vez. Mas dessa vez, eu consegui me afastar.
"Pedro, não," eu disse, firme. "Eu preciso de um tempo para pensar sobre isso."
Ele olhou para baixo, parecendo envergonhado.
"Desculpe, Cris. Eu não devia ter forçado as coisas. Eu... Eu só queria que você soubesse o quanto eu me importo com você," ele disse, sua voz cheia de arrependimento.
Eu suspirei, sentindo-me um pouco culpada.
"Está tudo bem, Pedro. Eu só... preciso de um tempo," eu disse, minha voz suave.
Ele assentiu, parecendo aliviado.
"Eu entendo. Me desculpe novamente," ele disse, sua expressão sincera.
Eu sorri, tentando dissipar a tensão no ar.
"Está tudo bem. Vamos apenas voltar a ser amigos, está bem?" eu disse, esperando que isso resolvesse as coisas entre nós.
Ele assentiu, um sorriso fraco nos lábios.
"Claro, Cris. Amigos, mas o problema é que eu não quero se ser só seu amigo." Ele fala vindo para cima de mim.
"Pedro por favor se afaste." Peço tentando me afastar em vão.
Ele me segura forte contra seu peito e tenta me beijar, tento me livrar de seu aperto mas não consigo.
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Rodovias
Roman d'amourNão foi dele que peguei essa obsessão por motos. Algo em mim sempre ardeu ao vê-las. mas saber que ele é um infrator da lei, fez algo desencadear de dentro de mim, algo que eu não consigo parar, nem ele vai.