Capítulo Único.

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Quando volta vitorioso da batalha acima do Olho de Deus, Aemond descobre que seu irmão Aegon está morto. Como Aegon não tem filhos homens para o suceder e tanto Rhaenyra quanto seus filhos estão mortos, Aemond é coroado rei.

A preocupação agora é que o rei tenha herdeiros para lhe sucederem, então Cassandra Baratheon é trazida para se casar com Aemond já que ele havia feito a promessa de que se tivesse a ajuda de Lorde Borros Baratheon, se casaria com uma de suas filhas.

Faltava apenas uma semana para o casamento quanto todos são surpreendidos com a chegada de um rapaz afirmando ser Lucerys Velaryon, o único filho ômega de Rhaenyra.

Aemond o recebe na sala do trono esperando que seja apenas um impostor, mas quando o ômega entra na sala, Aemond nem precisa ver seu rosto para o reconhecer, apenas o cheiro de Lucerys é o suficiente para deixar claro que é ele.

— Tio. — Lucerys o cumprimenta com uma reverência.

Aemond fica calado por alguns segundos.

— Todos para fora. — O rei manda, ninguém sequer hesita antes de obedecer.

Quando estão apenas os dois na sala, Aemond se levanta do trono de ferro e caminha até mais perto de Lucerys.

— Depois do que aconteceu, me surpreende você ter sobrevivido, mais ainda aparecer aqui quando poderia ter sumido e nunca voltado.

— Imaginei que não haveria problema, afinal, minha dívida está paga, um olho por um dragão. — Lucerys diz e espera ansioso que Aemond reconheça isso.

Aemond não precisa pensar muito para decidir que Lucerys está certo.

— Sim, está pago.

— Isso é bom, tio. E já que deixamos minha dívida para trás, imagino que eu possa lhe pedir um favor. — Lucerys o olha apreensivo.

— O que você quer?

— Proteção. Eu poderia ter ficado sumido para sempre, mas é muito perigoso para um ômega. Quero que me arranje um casamento com um alfa que não vá me agredir e que irá cuidar de mim. — Lucerys pede.

Aemond o olha por um segundo e então assente. — Isso pode ser arranjado.

— Eu agradeço, tio. — Lucerys sorri, então morde o lábio inferior demonstrando nervosismo. — Sabe tio, se o rei Viserys fosse mais inteligente, ele teria nos casado. Teria unido a família e evitado a guerra. — Comenta.

— Ou acelerado. Eu guardava muito rancor de você pelo meu olho, poderia lhe machucar e sua mãe não gostaria disso. — Aemond diz.

Lucerys encolhe os ombros. — Era uma opção, mas se eu fosse seu ômega, você poderia se vingar de mim como quisesse. — Ele sugere, seu cheiro se tornando mais forte como se a ideia de Aemond machucá-lo não fosse assustadora e sim excitante, Aemond sente sua pele arrepiar.

— É isso que você quer?

— Que você se vingue?

— Ser meu ômega.

— Eu já disse o que quero, quero proteção. Eu admito que estar casado com o rei seria o nível mais alto de proteção que eu poderia alcançar. É claro que seria muito ambicioso, e em todo caso, você já está noivo. De uma beta, é claro. Há quem diria que um rei como você merece um ômega que lhe dê filhos com sangue de dragão. E qualquer ômega adoraria um alfa como você, eu inclusive. Um alfa que me proteja, tem um exército mas nem precisa dele para isso.

Aemond pensa um pouco. Ele não é estúpido, sabe que fazer de Lucerys seu ômega não é a decisão mais inteligente, mas admite que mesmo quando queria se vingar de Lucerys, ele sentia desejo por ele. Se Aemond não tivesse tentado o matar em Storm's End, ele podia ter se unido a ele e a guerra teria acabado ali. Mas eles não estão mais em guerra, se morder Lucerys, o ômega se tornará seu e o instinto dele o impedirá de machucar seu alfa. Aemond pode tê-lo agora, como uma parte sua admite que sempre quis.

— Você está certo, esse é um pensamento ambicioso, mas não impossível. E você seria um ômega que poderia me dar filhos com sangue de dragão, você pode não ter um pai com sangue valiriano mas ainda é filho de sua mãe.

— Eu sou. — Lucerys concorda ignorando Aemond ter o chamado de bastardo de forma implícita, isso não importa mais. — Mas há um impedimento que não considerou, meu rei, você já está noivo.

— Você mesmo disse, eu sou o rei, posso fazer o que quiser.

Lucerys sorri ao ouvir isso.

Aemond o deixa no quarto ao lado do seu dizendo que logo empregados virão para cuidar dele, então ele sai para reunir seu conselho.

Enquanto é banhado e vestido, Lucerys pensa em como sentiu falta de ser paparicado. Ele admite, é um ômega mimado. Lucerys prefere mil vezes ser de Aemond a voltar a viver nas ruas. Ele viu o suficiente do mundo para saber que não é seguro para um ômega solitário. Se ele precisar casar com Aemond e ter seus filhos para estar seguro, que seja.

E Lucerys admite que não seria um grande sacrifício. Quando criança, Lucerys queria que Aemond se tornasse seu alfa, mas o que aconteceu em Driftmark tornou isso impossível. Agora a divida estava paga e Lucerys teria um alfa forte e bonito para chamar de seu.

Reunido com seu conselho, Aemond anuncia que está desfazendo seu noivado com Cassandra Baratheon. Ela e sua família serão muito bem compensados, mas um Targaryen tem de ficar com um Targaryen.

Seu conselho até pensa em convencer o rei do contrário, mas veem em seu olhar que ir contra o que ele já está decidido que fará, só irá render uma visita sem volta a Vhagar.

Como um casamento já estava sendo preparado, Aemond e Lucerys não precisam esperar muito e se casam no fim da semana. Na festa eles dançam, bebem, comem e conversam com os lordes e ladys, no horário devido eles se ausentam para a noite de núpcias.

No quarto, Lucerys fica na ponta dos pés e beija Aemond.

— Espere um segundo. — Aemond pede, Lucerys o olha confuso.

— O que houve?

— Tenho um presente para você.

Aemond se afasta por um momento e traz de volta para mostrar a Lucerys, que arregala os olhos ao ver ser um ovo de dragão.

— Isso é para mim?

— É claro que sim. — Aemond sorri entregando a Lucerys.

— Mas e a dívida, ela foi paga porque você tirou meu dragão. Agora está me dando outro? — Lucerys não poderia estar mais confuso.

— Estou considerando nosso casamento o pagamento da dívida, por isso você poderá ter um dragão se este ovo chocar.

Lucerys observa o ovo e passa a mão delicadamente nele, admirando sua coloração preta e azul.

— Mas Arrax... — Lucerys se interrompe, um nó em sua garganta.

— Sinto muito por ter matado seu dragão, sei que o vínculo de um montador e seu dragão é único, por isso sei que se esse dragão nascer, ainda não vai compensar, então é escolha sua tê-lo ou não.

Lucerys coloca o ovo na incubadora perto da lareira, ele volta para perto de Aemond e o abraça. — Obrigado. — Lucerys beija Aemond, que não demora a levar seu ômega para a cama.

No futuro, o ovo de Lucerys eclode e de lá nasce um lindo dragão que ele nomeia de Blacknight. Seus filhos também ganham ovos, que eclodem dando a cada criança um dragão, como deve ser.

Através deles a dinastia Targaryen continuará firme e forte.

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O rei Aemond precisa de uma rainha. (Lucemond)Onde histórias criam vida. Descubra agora