CAPÍTULO 68 - Fantasmas do Desejo

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CATERINE NATALIE CHERNYY.

TENTEI ME LEMBRAR DA ÚLTIMA VEZ EM QUE ESTIVE ENTRE TANTOS ESPÍRITOS E AINDA ASSIM TENHO DIFICULDADE DE ME RECORDAR. TALVEZ TENHA SIDO QUANDO FUI ATÉ OS CAMPOS DE ASFÓDELOS PARA RESSUSCITAR HAZEL. Essa memória passou pela minha mente como um flash — Nico estava chateado porque Bianca não queria ser ressuscitada, nós achamos uma forma de trazê-la de volta, mas minha irmã não queria abrir mão da morte. Ela estava planejando renascer. Mais tarde naquele dia, perambulando pelos Campos de Asfódelos, avistei Hazel sentada perto de um choupo negro no enorme campo de grama alta da região daqueles que foram neutros em vida.

Pisco lentamente meus olhos, as imagens do dia em que conheci Hazel Levesque percorrendo minha mente.

"Caminhei entre os campos amarelos com lágrimas entre meus olhos, fungando levemente. Nico não havia gostado de saber que Bianca não queria ser ressuscitada, mesmo que nós dois tenhamos achado uma forma segura de trazê-la de volta. Meu irmão tinha se trancado no quarto no palácio de Hades — recusando-se a falar comigo. A Guerra contra Cronos estava para acontecer tem um mês. Daqui a exatamente trinta dias Perseu iria completar dezesseis anos. E deuses, fazia algum tempo que só estou discutindo com o filho de Poseidon por causa do plano burro e idiota de invadir o Princesa Andrômeda e matar Cronos antes da guerra começar — Perseu ainda iria com Beckendorf, eles poderiam morrer. Era o plano mais idiota que já ouvi e ninguém me escutava, por isso me voltei para outra coisa.

Me voltei em tentar trazer Bianca de volta junto de Nico.

Sou uma puta hipócrita, sempre brigo com Nico sobre isso. Sei que os mortos deveriam estar mortos. Que não se deve ressuscitar aqueles que já foram, mas... Nico e eu descobrimos uma forma de magia mais segura em que iria trazer Bianca de volta. De verdade. Poderia funcionar desta vez, poderia ter Bianca de volta e não precisaria fazer um ritual onde precisaria sacrificar uma alma. Não tive ao menos coragem de encará-la, então deixei para que Nico a desse a notícia. Não devia ter feito isso... Meu irmão não lidou bem com a recusa dela. E sinceramente, não sei como me sinto de verdade. A guerra contra Cronos está prestes a acontecer, Perseu está sendo um teimoso em achar que o plano de atacar o titã no iate de cruzeiro do mal irá funcionar. E então Nico apareceu falando pelos cotovelos que descobriu uma forma de trazer Bianca de volta sem envolver espíritos ou rituais com sangue de animais — e bom, poderia funcionar se minha irmã...

— Merda. — Falei, soltando uma risada amarga. — Como sou hipócrita, deuses. Por que sou assim...?

Atravessei os campos infinitos de Asfódelos, desviando da multidão de espíritos. Passei por um bosque de choupos pretos quando algo me chamou atenção. Vagando sem destino entre os mortos que emitiam sons parecidos com os de morcegos — perdidos e confusos, sem se lembrar de seu passado ou ao menos de seus nomes — havia uma garota com cabelos castanhos encaracolados na altura de seus ombros, os olhos intensos na cor dourada. A pele era tão bonita, marrom como um grão de café torrado. Aquela menina era linda. Mas... tem algo de diferente nela. Era como se tivesse uma corda que me puxava na direção dela. Andei até a garota dos olhos dourados, que se sentou sob um choupo negro. Os gritos dos Campos de Punição eram um toque de música ao lar que era o Mundo Inferior para mim. Ao longe, enquanto me aproximava mais da garota, a luz solar artificial do Elísio, as Ilhas dos Abençoadas cintilavam como esmeraldas em um brilhante lago azul. Velas brancas cortavam a água, e as almas de grandes heróis se deleitavam nas praias em sua felicidade perpétua.

BRILLIANT DEATH • Percy Jackson •Onde histórias criam vida. Descubra agora