oo. não havia mais
volta agora.OBI-WAN KENOBI era conhecido como o negociador, o Jedi que não deixava suas emoções entrarem no caminho e assim ele conseguia intermediar acordos de paz e trazer ordem e prosperidade. Ele era conhecido como um dos maiores Jedi da galáxia; tendo a sabedoria de Yoda e a força de Windu. Ele era um dos maiores pilotos da Orla Interior: e ele odiava voar. Um dos maiores guerreiros: e preferia negociar. Obi-Wan era um dos maiores Jedi a pisarem no tempo, sábio, forte e no controle de suas emoções.
O dia não havia começado como todos os outros, ele deveria ser mandado para Cato Neimodia após o almoço, mas assim que ele chegou ao conselho naquele manhã, ele soube que tudo iria ser cancelado. A sala no templo estava cheia, todas as cadeiras ocupadas por seus respectivos mestres, havia apenas uma poltrona sobrando; a do próprio Kenobi. No centro da sala estava uma pequena mesa redonda, seus adornos em metal dourado e a mesa em si em prata, mas os detalhes do móvel não eram importantes; mas sim o que se passava em cima dele.
Do outro lado da sala, Obi-Wan observou uma figura de cabelos loiros rebeldes presos desajeitadamente, ele observou cicatrizes no rosto na figura, uma em cima de seu nariz e outra no canto de sua bochecha esquerda. Em cima da mesa, ele observava o holograma azulado de Katara Mor'Dua, quinze anos depois da última vez que ele a havia visto, agora mais velha e mais madura.
— Aqui é a padawan Katara Mor'Dua — a voz dizia pelo holograma, um sotaque carregado e vogal, como se ela pronunciasse cada palavra com força — Eu consegui escapar e estou agora em um posto de abastecimento Corelliano — ela olhou para os lados, e depois se voltou para o holograma — Consegui roubar uma nave e estarei a caminho de Coruscant. Essa é uma mensagem para o Templo Jedi — a mulher parou um instante, um sorriso se espalhando por seu rosto — Se alguém estiver escutando... eu estou indo para casa.
Obi-Wan era um dos maiores Jedi que existiram, sem sombra de dúvida, com o total controle de suas emoções, e como era chamado; o negociador. Mas agora esse não parecia mais ser o caso.
A NAVE ESTAVA silenciosa. O doce balanço constante do veículo causava uma onda de sono a se apossar da mulher. Da cabine era possível se ver os feixes azulados que o hiperespaço proporcionava, fazendo um suspiro sair da boca da tripulante. Como ela amava o espaço, ela recordou. Uma das partes mais frustrantes de ter que se manter cativa foi a falta das viagens hiperespaciais, ela sempre amara o espaço e voar, mesmo que por conta de sua posição na Ordem Jedi ela não o pudesse fazer com tanta frequência quanto desejava.
Katara arrumou o colete verde em volta de seu corpo, a muito ela havia perdido suas vestes Jedi e desde então aquele colete vinha sendo sua única peça de roupa constante durante seu tempo cativa com os piratas de Reu. De longe ela percebeu o azul se dissipando em seus olhos, se tornando cada vez mais escuro até que houvesse apenas uma imensidão preta a sua frente, logo ela avistou o grande planeta urbano de Coruscant, brilhando em toda sua glória.
Ela havia retornado para casa. De alguma forma as luzes do planeta-cidade que nunca dormia sempre a fizeram se sentir desconfortável, exposta, mas ainda sim não o suficiente para que ela não amasse aquele lugar como um lar. Havia sido naquele mesmo local que ela havia conhecido Obi-Wan Kenobi e seu mestre Nikolai Cekrezi, afinal e os dois se provaram peças insubstituíveis em sua vida.
Obi-Wan. Será que o antigo Jedi ainda residia no templo? Será que a guerra já teria esgotado todas as suas forças? Ela tinha certeza que não, Obi-Wan era o maior de todos os Jedi que ela teve a honra de conhecer, Obi-Wan nunca se deixaria levar.
Katara suspirou alto. E era exatamente este o problema.
— YTH-1400, identifique-se por favor — a mulher foi tirada de seus devaneios por uma voz masculina, que ressonou em toda a cabine assim que a mesma se surgiu a órbita de Coruscant.
— Aqui é a padawan Katara Mor'Dua, requisitando o pouso no templo Jedi — ela respondeu, seu sotaque mais carregado do que da última vez que ela havia pisado no planeta.
— Ah, padawan Mor'Dua — o mesmo homem respondeu — Estávamos lhe esperando. Bem vinda de volta.
A mulher sorriu, impulsionando a nave para frente e saindo da órbita, logo sentindo o calafrio que a entrada no planeta lhe causava, as nuvens cheias de precipitação manchavam o visor da nave coreliana, mas assim que a mesma saiu da zona de alta altitude, ela avistou a grande cidade que toda a Coruscant era.
Katara respirou fundo, sabendo que teria que mentir, enganar e manipular aqueles que haviam lhe criado, e todos os que eram seus amigos.
Mas não havia mais volta agora.
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fallen angels ; anakin skywalker
Romansa❝ TODAS AS COISAS MORREM, ANAKIN SKYWALKER, ATÉ AS 𝗘𝗦𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗦 ❞ 𝐅 . ‧ ✯ ‧ . ━━ A FORÇA SUSSURROU para ela sobre o destino do escolhido da Força, lhe dizendo coisas que a faziam pensar sobre se era mesmo algo do bem que falava...