Demorou mais do que Melissa esperava, mas finalmente Jorge estacionou o caminhão, eles desceram e encararam o lugar, era um muro feito de madeira grossa, uma construção que apresentava os sinais do tempo e da longa exposição ao sol implacável, em volta havia nada além de árvores mortas e o típico ar quente carregado de areia e pó, mas era um lugar muito grande em proporções.
- Tem dois homens ali. - Minho disse, apontando para a entrada daquele lugar, ela mal havia notado que o portão mais próximo tinha sido aberto, os homens pareciam curiosos sobre a presença deles, ergueram as armas, mas estava longe o suficiente para que Melissa acreditasse que realmente atirariam.
- Jorge, estive pensando, acho que precisaremos no Berg, acha que ele tem conserto? - Ela perguntou, voltando sua atenção ao homem, ele coçou a barba.
- Eu não sei, se ele estiver lá ainda, talvez.
- Poderia ir buscá-lo? - Ela perguntou.
- Buscá-lo? Vou levar no mínimo algumas horas, se ele tiver conserto. - Ele explicou incrédulo. - Porque esse interesse agora?
- Bem... Eu estive pensando e se ele não quiser sair daqui? Não podemos simplesmente deixa-lo. - Ela explicou, dar vida aqueles pensamentos em voz alta a fez temer que se tornasse verdade.
- Ele não vai querer ficar aqui. - Brenda comentou, os braços cruzados em frente ao corpo. - Por que ficaria?
- Acho que a ideia do berg pode nos ajudar, não somente aqui, mas a chegar mais rápido ao braço direito. - Thomas tomou a frente a apoiando ao ver que todos achavam a possibilidade de Newt não querer sair absurda, ela o olhou grata.
- Certo, não me lembro de estarmos em um conclave de votação, mas eu concordo com o Thomas, deixe a velha caranga ali descansar. - Minho apontou com o polegar para o caminhão.
- Neste caso, eu vou com você Jorge. - Brenda anunciou, então se aproximou de Thomas e o beijou na bochecha.
- Tome cuidado. - Olhou para os outros dois.
- Vocês também. - Disse e deu um tapinha amigo no ombro de Jorge antes de se encaminhar até o banco do passageiro.
- Você está arriscando tudo por algo que já está perdido. - Jorge disse a Melissa, o rosto dele estava sério e com calma, tirou do bolso um cartão, o entregou a ela. - Saiba que isso não dará certo, ao menos que uma cura caia do céu, você só vai ficar se colocando em perigo.
- Eu vou dar um jeito. - Ela respondeu, mas a verdade era que estava com medo, o futuro parecia reservar somente tristezas a partir daquele ponto, mas ela não podia desistir, ela sabia que se fosse o contrário, ele não desistiria dela.
- É claro que vai. - Jorge suspirou com pena e fez um som de estalo com a língua.
Apontou para o cartão na mão de Melissa.
- O cartão é para aqueles caras, eles não os deixaram entrar sem uma grana, mas não os deixem extorquir muito, ah! e não façam-se de valentões. Digam que o amigo de vocês veio parar aqui por engano, que ele é propriedade do CRUEL. - Instruiu meio impaciente e Melissa se perguntou o que seria extorquir muito.
- Algum de vocês virá? - Jorge perguntou aos dois rapazes.
Thomas levou as mãos aos bolsos da calça e olhou para os homens armados ainda parados na entrada do complexo, ele tinha um ar pensativo, por fim negou.
- Acho que é mais seguro para ela se eu e Minho ficarmos aqui. - Ele decidiu.
- Concordo. Não sabemos o que nos espera, talvez seja preciso mais do que um par de muques lá dentro. - O coreano apoiou, após mais algumas palavras de aviso e marcarem o local onde se encontrariam Jorge se foi o caminhão deixando uma nuvem de poeira para trás.
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The Maze Runner --- Is it love? --- [EM REVISÃO]
Ciencia FicciónNewt fez menção de tocá-la, mas não o fez, ele virou o rosto para não vê-la chorar, aquilo pareceu incomodar sua mente enevoada pelo fulgor. - Eu lamento. - falou após o que pareceram minutos, a voz quase sussurrante, o olhar distante. - Sei que não...