O início da jornada

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O sol brilhava intensamente sobre a densa vegetação da floresta enquanto o grupo de estudantes do último ano do ensino médio se reunia no ponto de encontro designado para a excursão. Entre risos e conversas animadas, Luiza tentava ignorar a sensação de apreensão que se instalava em seu peito.

"Estou nervosa com essa excursão", confessou Luiza a sua melhor amiga, Camila, enquanto observava os outros alunos se agruparem em suas respectivas equipes.

"Relaxa, Luiza! Vai ser divertido. Pelo menos você estará ao ar livre e longe dos livros por alguns dias", respondeu Camila com um sorriso tranquilizador.

Luiza sorriu, tentando afastar seus medos enquanto aguardava o momento em que os líderes seriam anunciados. Seu coração disparou quando ouviu seu nome ser chamado para o grupo liderado por Valentina, a garota mais popular da escola e sua arqui-inimiga declarada.

Valentina: "Luiza, você está pronta para arrasar nesse acampamento comigo?" Valentina perguntou, exibindo seu sorriso característico.

Luiza: "Ah, claro", murmurou Luiza, forçando um sorriso enquanto se juntava ao grupo, tentando disfarçar sua ansiedade.

À medida que avançavam pela trilha, os alunos conversavam animadamente, ignorando as trocas frias entre Luiza e Valentina. Mas quando chegaram a uma clareira no coração da floresta, os professores anunciaram a próxima tarefa: uma competição para construir abrigos improvisados usando apenas os recursos naturais ao redor.

Miguel: "Ótimo, uma competição de sobrevivência. Isso vai ser interessante", comentou Miguel, um dos garotos do grupo.

Valentina: "Claro que vai. E tenho certeza de que seremos os melhores", afirmou Valentina, com sua confiança habitual.

Enquanto os outros alunos começavam a se dispersar em busca de galhos e folhas, Luiza e Valentina trocaram olhares carregados de tensão, cada uma determinada a não ceder um centímetro.

Valentina: "Vamos fazer isso rápido e do nosso jeito, ok, Luiza?" disse Valentina, olhando diretamente nos olhos dela.

Luiza: "Concordo. Vamos mostrar a eles do que somos capazes", respondeu Luiza, surpreendendo-se com a determinação em sua própria voz.

O dia se estendia lentamente, e à medida que o sol se punha no horizonte, o grupo finalmente se reuniu em torno do abrigo rudimentar que haviam construído.

Carlos: "Olha só o que conseguimos fazer juntos", comentou Carlos, outro membro do grupo, com um sorriso satisfeito.

Luiza: "Não ficou tão ruim assim", admitiu Luiza, surpresa com a sensação de realização que sentia ao olhar para o abrigo improvisado.

Mas antes que pudessem comemorar, um estranho fenômeno ocorreu: uma luz brilhante se materializou diante deles, envolvendo o grupo em um redemoinho de energia.

Pedro: "O que está acontecendo?!" gritou Pedro, o terceiro garoto do grupo, enquanto tentava se proteger da intensidade da luz.

Em um instante, tudo ao seu redor desapareceu, substituído por uma paisagem desconhecida e perturbadora. Com os corações acelerados e a mente confusa, os cinco estudantes perceberam que haviam sido transportados para uma realidade totalmente diferente.

Confusos e atordoados, eles decidiram retornar ao acampamento, mas ao chegarem lá, uma cena ainda mais perturbadora os aguardava: não havia ninguém à vista.

Luiza: "Onde estão todos?" perguntou Luiza, sua voz ecoando no silêncio.

Os cinco estudantes trocaram olhares nervosos, tentando processar a cena diante deles. Uma sensação de desconforto os envolveu quando perceberam que essas figuras não eram simplesmente semelhantes a eles, mas pareciam ser cópias exatas, como se estivessem encarando seus próprios reflexos distorcidos em um espelho sombrio.

Pedro: "O que diabos está acontecendo?!" exclamou Pedro, sua voz tremendo de incredulidade.

Valentina: "Isso é loucura. Como pode haver outras pessoas idênticas a nós aqui?" questionou Valentina, seus olhos se estreitando em desconfiança.

Miguel: "Não sei vocês, mas eu estou começando a ficar com medo", admitiu Miguel, uma pitada de apreensão em sua voz.

Carlos: "Precisamos descobrir o que está acontecendo. Vamos nos aproximar com cautela", sugeriu Carlos, seu tom firme contrastando com a confusão que sentia por dentro.

Com passos hesitantes, o grupo avançou em direção às figuras estranhas, cada passo aumentando a sensação de surrealismo que os envolvia. Quando finalmente chegaram perto o suficiente, as figuras começaram a se mover, espelhando seus movimentos com precisão perturbadora.

Luiza: "Quem são vocês? O que querem?" perguntou Luiza, sua voz ecoando na clareira deserta.

As figuras não responderam, apenas observavam com olhos vazios e expressões inexpressivas. Uma onda de arrepios percorreu a espinha dos estudantes quando perceberam que não estavam lidando com pessoas comuns, mas algo muito mais sinistro e inexplicável.

Valentina: "Acho melhor sairmos daqui. Não podemos confiar nessas... coisas", disse Valentina, sua voz trêmula com uma mistura de medo e desconfiança.

Sem hesitar, o grupo recuou, afastando-se das figuras estranhas e retornando ao abrigo improvisado que haviam construído. Mas mesmo quando estavam lá dentro, a sensação de que estavam sendo observados persistia, como se estivessem cercados por olhos invisíveis na escuridão da noite.

Com o coração acelerado e a mente girando com perguntas sem resposta, os estudantes se aconchegaram no abrigo, tentando encontrar conforto na presença uns dos outros enquanto aguardavam o amanhecer, sem saber o que o novo dia traria neste mundo estranho e ameaçador.

Entre Dimensões - VALUOnde histórias criam vida. Descubra agora