I - Galáxia de Andrômeda

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"Estamos aqui de pé, próximo ao abismo
E o mundo está em chamas
Dois amantes impossíveis tentando alcançar
A besta de muitos nomes"

He is - Ghost

Antes de ser dilacerado e praticamente esquartejado, Heitor nunca foi o adolescente popular da escola, não possuía muitos amigos e muito menos o olhar de alguma garota sobre ele

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Antes de ser dilacerado e praticamente esquartejado, Heitor nunca foi o adolescente popular da escola, não possuía muitos amigos e muito menos o olhar de alguma garota sobre ele.

O garoto já havia se conformado com a sua solidão e a ser o "alface" da escola. De ser o "nerd do computador" e ele realmente gostava disso: gostava de computadores e suas linguagens complexas.

Desde que se formou no ensino médio, não se arrependeu um dia sequer de ter escolhido o curso de T.I., era realmente aquilo que ele queria para si. Trabalhar com programação e tecnologia e apertar vários botões e fazer a mágica acontecer. Ver a confusão no rosto das pessoas ao vê-lo fazer aquilo era, de certa forma, gratificante, como se ele parasse de ser o alface que sempre foi.

E agora o nerd do computador estava nos braços de uma garota maravilhosa que parecia ter descido dos céus apenas para ele. Heitor não havia ido para aquela festa de universitários com a intenção de se aventurar nos lábios de alguém, até porque isso nunca tinha acontecido e seus únicos beijos foram com outras meninas igualmente tão estranhas e rejeitadas quanto ele.

Os lábios quentes e úmidos da moça deslizavam com calma pelo pescoço do rapaz, a língua tão fervente quanto o resto do corpo explorava todo relevo da garganta e depois estudava cada movimento que as duas línguas juntas podiam executar.

Era notável que a jovem possuía experiência, mas isso nem de longe incomodava Heitor, ele nem mesmo se preocupava em ser só mais uma boca beijada por ela naquela festa. Tudo o que importava era que seu nível de excitação já podia ser visto entre suas pernas e, mesmo com os olhos fechados, a garota de sedosos cabelos castanhos ondulados encaixou sua mão na virilha de Heitor.

Um gemido involuntário escapou por entre os lábios dele, a menina sorriu pervertidamente e segurou o rosto do rapaz com carinho. Seu olhar era delirante e de uma sedução sobrenatural. O cheiro do perfume doce feminino já se entranhava no nariz de Heitor e ele adorava a sensação de ter algo dela tocando sua alma.

Talvez fosse só a baixa circulação de sangue no seu cérebro, mas ele estava completamente ludibriado pelos sorrisos e os toques bobos da garota em lugares tão estratégicos que nem mesmo ele sabia que eram tão eróticos.

— Eu te amo — balbuciou ele fitando as duas pupilas castanhas carregadas de perversão.

Heitor sabia que estava se antecipando, principalmente considerando que conhecia aquela mulher há dez minutos no máximo, mas era esse o sentimento que ele tinha em seu peito: amor. E principalmente muito tesão.

Ela sorriu e mordeu o lábio. Heitor sentiu sua parte íntima pulsar como se o coração tivesse mudado de lugar.

A moça se afastou o encarando, subiu metade da escadaria e o chamou com o dedo, o rapaz nem pôde acreditar. Há poucas horas não pretendia nem sair de casa e agora a personificação da luxúria o levava para o quarto.

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