Três - Não pode estar viva

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Sabe, é normal que eu e meu amigos chamemos atenção quando chegamos em alguma cena de crime, por conta das feições da nossa idade, mas os olhares só aumentam quando chegamos com cachorros gigantes.

Como sou a líder da operação, eu sempre ando na frente.

Uma mulher morreu hoje pela manhã e o corpo foi removido há poucos minutos. Sinal de arrombamento, nada roubado, sinais de luta, suspeita de enxofre.

Nós chegamos na frente da casa isolada por fitas amarelas, onde uma oficial estava parada na frente.

- Boa tarde - digo mostrando meu distintivo falso. - Sou a agente Mercury, da Força Tática Nacional. Esses são meus colegas - mostram seus distintivos.

- Não são muito novos para serem da FTN?

- Não é de uma patente muito baixa para questionar? - Trevor pergunta.

- Viemos pelo caso da Sra. Murray - tento tirar o clima da falta de educação do meu amigo.

- Claro. Podem entrar.

Nós assentimos com a cabeça e passamos pela fita. Quando Trevor chegou ao meu lado, depositei um soco em seu ombro.

- Ai! O que foi?

- Educação é bom, sabia?

- Relaxa, Riley.

"Siga em frente, foque no caso" a voz de meu pai diz na minha cabeça. Isso é a coisa mais perturbadora do mundo.

Nós então subimos da varanda e entramos na casa, vendo a cena do crime. Os fotógrafos da perícia estavam ali, assim como o xerife da cidade.

O carpete do chão ainda estava manchado com o sangue da vítima.

No momento em que entramos, Conan já se mostrou mais agitado, indicando que tinha sentido alguma coisa. Provavelmente enxofre.

- Xerife - chamo.

O homem velho, com cabelos compridos e grisalhos então se virou para mim, me encarando de cima a baixo. Em seguida, mostrei meu distintivo.

- Viemos por conta da morte da Sra. Murray.

- O que a FTN tem a ver com esse caso?

- Crime brutal. Achamos que pode ser da nossa ossada. Enfim, o que acha que aconteceu?

- Acreditamos que tenha sido um roubo que deu errado. O bandido entrou, Murray o viu e tentou impedi-lo. Infelizmente não deu certo para ela.

- Vocês têm alguma evidência de quem pode ter feito isso?

- Ainda não. Provavelmente um homem adulto.

- Ok. Quem achou o corpo?

- A irmã mais nova da vítima. Ela está na cozinha, se quiser falar com ela. Fiquem à vontade para fazer o que acham preciso.

- Obrigada.

Ele assentiu e então se afastou. Eu me virei para os meus amigos, que olhavam em volta e estavam atentos.

- E agora? - Trevor pergunta.

- Eu vou falar com a irmã. Acho que vocês podem dar uma olhada na casa com os cachorros. Eles já parecem agitados, mas... Acho que devemos procurar mais.

Riley Winchester- Supernatural FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora