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Capítulo 1: Divindade


[Nome]'s P.O.V.

19 de setembro de 2026 ou talvez é 20. Não sei ao certo, na verdade eu nunca soube. Tudo era ao mesmo tempo para mim a partir daquele momento; O passado, o presente, e o futuro. Eu via tudo junto e ao mesmo tempo, mas de certo modo, eu entendi. De certo modo, eu já sabia de tudo. Era a minha primeira vez, mas ao mesmo tempo, não era. Eu sabia exatamente como controlar a minha individualidade e o que eu podia fazer com ela. Eu tinha super força, telecinese, habilidade de teletransporta para distância interplanetária e intergalática, a manipulação da matéria subatômica, uma quase completa clarividência, onipotência e onipresença. Com apenas 6 anos de idade, o governo me via como uma arma a ser conquistada para controlar outros países.

Eu passei 8 anos sendo vigiada. Não é como se eu não soubesse, eu sabia e eu sei. Eu só não me importo ou importava. Eu já não era uma criança normal mesmo, eu não vivia como as outras. Os brinquedos que as deixariam feliz, não era algo que me deixaria feliz, eu já sabia como funcionavam. Os filmes e estórias, eu já sabia como terminavam.

6 de maio de 2034.

- [Nome], você está ouvindo? -  um dos agentes do governo me chamou, Scott, me tirando do meus devaneios. De algum modo, ele acreditava que me ensinar em uma sala de aula feita dentro das instalações militares me faria me sentir melhor. Mas ele não entende que eu era o problema, eu não via nada como novo, eu já sabia e sei de tudo. Ele realmente tem um bom coração e não merece o final que vai ter. Mas ele quer ter esse final. Scott era um rapaz branco, com cabelos pretos e olhos castanhos claros. Um maxilar forte e sobrancelhas bem desenhadas. Era um homem bonito.

- Sim. - ele veio até mim e se apoiou na mesa ao lado.

- Eu estou tentando. - ele choramingou.

- Eu sei que está tentando. E é por isso que eu não estou falando nada, mesmo sabendo de tudo que você vai falar e fazer naquela lousa preta.

- Olha, [Nome], se você não me dizer o que sente, não tem como eu te ajudar. - eu olhei para ele com cara de tédio. - Há algo que você não entende? Talvez eu possa te ajudar.

- Eu tenho controle sobre tudo, tudo que existe no universo. Eu só não entendo uma coisa; O por que de controlar tudo?

- Ah-

- Eu sou só mais um ser humano no meio do universo. - o cortei, continuando meu questionamento. - Meus pais não tem essa individualidade, minha irmã não tem essa individualidade. Ninguém no mundo além de mim tem essa individualidade. Você não acha que eu sou um acidente, que o universo fez?

- Você mais que ninguém entende que, as possibilidades e probabilidades são transformadas em realidades pela percepção. Não existem acidentes. Você não é um acidente. - ele se agachou até ficar do meu tamanho. - Você não é só mais um ser humano, você é diferente de todos nós. O resto de nós, somos só marionetes do destino.

- Eu também sou uma marionete do destino, a única diferença é que eu consigo ver as cordas.

Ele me olhou por um tempo, e rosto expressava compreensão e confusão ao mesmo tempo. Eu sabia que ele estava lutando dentro de sua mente para achar algo que pudesse me dizer, mas eu sei que ele não acharia, de qualquer maneira, não achou. Olhei para o lado, e ele me acompanhou, ele já estava acostumado com isso. Logo a porta foi aberta, e Dr. Maxwell apareceu. Ela não usava seu salto alto e seu jaleco branco. Ela estava de uniforme militar. Seu afro que estava sempre solto e livre, estava amarrado em um grande coque baixo, hoje.

- Aonde vai? - Scott perguntou a ela. Ângela ou Dr. Maxwell como todos a chamam aqui na base, é minha irmã mais velha e também, esposa de Scott. Eles era casados a 2 anos e revezavam seus turnos para me ensaiar.

- Vou treiná-la. - ela apontou para mim. Scott riu.

- Treina-la? Você nunca a treinou, ou melhor, ninguém nunca a treinou em oito anos. Todo mundo sabe que antes mesmo de alguém conseguir acerta um soco nela, será reduzido a átomos na velocidade da luz.

- Eu só queria tirá-la daqui, está legal? - ela admitiu. - Eu só queria que ela visse as ruas de Nova York com toda essa neve. Levá-la para patina no gelo como qualquer criança de 14 anos faz. 

- Não se preocupe comigo, Ângela. Eu não me importo muito com isso.  - me levantei da cadeira.

Tum... Tum... Tum...

Meus olhos foram a barriga de Ângela.

- Além do mais, vocês tem algo a celebrar. - eles me olharam confusos. Eu apontei para a barriga dela. - Ângela está grávida.

- O que!? - ela deu um pequeno grito. Scott correu até Ângela e a abraçou e seus risos felizes se ampliaram pela sala.

Por causa da minha individualidade, a cada dia eu fico com menos empatia pela humanidade.

- É isso, eu já estou indo. - falei me esquivando deles e indo em direção a porta.

- Como assim, você já está indo? - Ângela perguntou.

- Há muita coisa a ser feita. A muitas pessoas que eu preciso ajudar antes de tudo acabar.

- Do que você está falando, você só tem 14 anos?

- Eu pensei que eu talvez pudesse encontrar meu lugar em meio as pessoas. Já que por oito anos da minha vida eu fui vigiada e testada como uma arma perigosa. Mas uma coisa aconteceu, quando eu olhei o futuro, eu vi a visão da maior esperança do Japão. Ele estava vindo em minha direção... e então, eu não vi mais nada.


Eu estou nas ruas de Tóquio. E eu estou tomada pela curiosidade, pela primeira vez desde 2026. Em 11 anos em meu futuro, eu vejo Izuku Midoriya. Ele está gritando comigo, embora eu esteja surda com os barulhos do mundo que desmorona em nossa volta. E seus olhos expressão raiva enquanto ele vem para cima de mim com seu punho fechado. Então eu não vejo mais nada. Um ano. Um século. Um milênio. Continua nada. Eu não vejo o amanhã.

Eu me pergunto se em 11 anos,

Izuku Midoriya me mata?
ou
Eu destruo tudo?

"A santidade está no fim. Por isso, não descansarei no domingo."


Oi, gente! Tudo bem?
Essa fic será bem diferente das que eu estou acostumada a fazer! Então por favor! Me amem ❤️❤️

Juízo Final - Imagine Izuku MidoriyaOnde histórias criam vida. Descubra agora