5 Confronto no banheiro

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Davi, com os olhos nublados pela tristeza, mal podia ver a figura diante dele. Quando se deu conta, era Cleomar, o amigo que agora parecia um estranho. O choque do encontro inesperado fez com que os dois apenas se encarassem, um silêncio pesado entre eles.

Cleomar tentou passar, mas Davi, movido por uma mistura de dor e desespero, o segurou pela gola da camisa e o empurrou de volta para o banheiro. "Qual é o seu problema?" Davi exigiu, as palavras saindo entre soluços. "Se você não quer ser meu amigo, me diga agora!"

Cleomar, pego de surpresa pela intensidade de Davi, ficou sem palavras. Ele sabia que tinha que dizer algo, mas como explicar sem revelar o segredo que poderia destruir tudo?

Davi se afastou, cada passo ressoando com o peso da rejeição. O silêncio de Cleomar era uma faca afiada, cortando qualquer esperança de reconciliação. Com o coração pesado e os olhos ardendo pela luta para conter as lágrimas

Cleomar estendeu a mão, segurando o braço de Davi com um aperto que transmitia desespero. Seus olhos, brilhando com lágrimas não ditas, encontraram os de Davi. "Me desculpa," ele sussurrou, a voz embargada pela emoção. "Eu não quero que você fique triste."

Davi, paralisado pelo toque, virou-se para enfrentar Cleomar. "Então por que?" ele exigiu, a dor clara em sua voz. "Por que você não é mais meu amigo?"

O silêncio que se seguiu foi carregado, pesado com palavras que Cleomar temia dizer. Mas ele sabia que não podia deixar Davi na escuridão, não quando ele próprio era a causa de tanto sofrimento.

"Porque eu..." Cleomar começou lutando para encontrar a coragem. "Porque eu gosto de você, Davi. Mais do que um amigo deveria."

Apesar do medo de rejeição, Cleomar reuniu coragem. Ele olhou nos olhos de Davi e confessou seus sentimentos. Ele disse a Davi que gostava dele, suas palavras carregadas de emoção e sinceridade.

Davi, surpreso mas não descontente, respondeu ao sentimento de Cleomar.

Cleomar, com o coração batendo forte no peito, se aproxima de Davi.

Cleomar sentia cada batida do coração como um trovão em seu peito, ecoando o nervosismo e a antecipação que o consumiam. Com passos lentos, mas decididos, ele se aproximou de Davi, o olhar fixo nos olhos dele. A proximidade era palpável, e quando Cleomar finalmente encostou seus lábios nos de Davi, foi um gesto suave, mas carregado de toda a emoção que palavras não poderiam expressar.

O beijo foi uma pergunta feita no silêncio, uma que Davi respondeu puxando Cleomar para mais perto. No espaço confinado do banheiro, com o som da água pingando ao fundo, eles compartilharam um momento que definiu o início de algo novo e inexplorado entre eles

Davi sai correndo do banheiro com um sorriso grande no rosto. Ele está cheio de alegria, seu coração batendo forte no peito.

Cleomar observa da porta do banheiro enquanto Davi corre para sua sala. Ele vê o sorriso de Davi e sente uma pontada de felicidade.

Então, com uma caneta que ele tinha no bolso, Cleomar escreve na parede do banheiro. Ele deixa uma mensagem simples, mas poderosa: "EU AMO VOCÊ DAVI". Ele assina apenas com a inicial do seu nome, "C"

Cleomar, ainda com o nervosismo pulsando em suas veias, observava as palavras que havia deixado na parede da escola. Com dedos trêmulos, ele tocou seus próprios lábios, um gesto de descrença e maravilhamento. "Não posso acreditar que beijei quem eu realmente gosto," sussurrou ele para si mesmo.

Enquanto isso, na sala, Davi repetia o mesmo gesto, passando os dedos sobre seus lábios com emoção e uma felicidade crescente.

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Quando o Primeiro Amor Encontra a Última Lágrima: Entre Sorrisos e SoluçoOnde histórias criam vida. Descubra agora