18 | 𝙄 𝙝𝙖𝙫𝙚 𝙩𝙤 𝙜𝙤 𝙛𝙤𝙧 𝙮𝙤𝙪 𝙩𝙤 𝙨𝙩𝙖𝙮

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Veneza, Itália | 06:34 | Domingo

Veneza, Itália | 06:34 | Domingo

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Ana Flávia's point of view

Minha festa de casamento havia sido incrível.
A decoração simples e delicada, trazia um ar de calmaria e amor.
O clima estava perfeito. Não estava um frio congelante mas também não estava um calor de derreter.

Eu me sentia extremamente feliz.
Eu via todos ao meu redor felizes por mim e por Gustavo.
Era gratificante ver que todo nosso esforço valeu a pena.
Ah não ser a hora que meu peito começou a doer novamente, me fazendo lembrar que minha vida não era perfeita e que eu morreria em breve.

Eu e meu marido estávamos indo para Veneza.
Pensamos em um lugar que nunca havíamos ido e que poderíamos aproveitar muito juntos.
Gustavo por mais que tivesse descendência italiana, nunca havia ido para a Itália, então pensamos ser a melhor ocasião.

Pegamos o avião ainda de madrugada logo depois da festa de nosso casamento.
Estávamos ansiosos para finalmente termos nosso momento após nossa cerimônia.
Eu me sentia feliz. Eu me sentia totalmente satisfeita e feliz.
Apesar da dor em meu peito sempre se fazer presente me lembrando de algo que eu ansiava poder esquecer, eu me sentia alegre por estar ao lado do amor da minha vida.

Gustavo dormia em meu ombro calmamente e eu o observava dormir tranquilo e sereno.
Eu amava Gustavo com todo meu coração.

Gustavo me disse algo quando estávamos em um cantinho em um certo momento da festa que me deixou um pouco apreensiva.
Eu sei do amor que Gustavo sente por mim mas pensar em algo assim é um pouco desesperador.

Ele disse que daria seu coração para mim.

No momento pensei que ele estivesse brincando, mas logo em seguida, ele ficou sério e reafirmou a afirmação.
Automaticamente eu disse que não.
Que isso não seria necessário e que se ele fizesse tal ato eu me mataria e então aquilo não adiantaria de nada.

Eu sei. Foi um pouco exagerado, mas ele falou com tanta convicção que fiquei com medo e me perguntei se ele realmente seria capaz disso.

Acabamos sendo interrompidos por um casal de amigos nosso e não voltamos a falar mais no assunto.

Por mais que algo aconteça comigo antes do previsto, eu nunca seria capaz de permitir que Gustavo faça algo assim.

Acabo me distraindo dessa lembrança em minha mente quando ouço uma voz me chamando.

– Senhora? - Olho para o lado e vejo ser uma aeromoça com algumas comidas em sua pequena bandeja - Aceita um suco de maçã?

– Sim! Obrigada - Digo e pego um suco de caixinha que dizia ser de maçã com uva.

Sinto Gustavo levantar a cabeça de neu ombro olhando ao redor logo dizendo:

– Ainda não chegamos?

𝙣𝙖 𝙨𝙖𝙪𝙙𝙚 𝙚 𝙣𝙖 𝙙𝙤𝙚𝙣ç𝙖 | 𝙢𝙞𝙤𝙩𝙚𝙡𝙖Onde histórias criam vida. Descubra agora