Ma douce Alice, início esta carta com um vasto pesar, uma saudade que me incendeia o peito, que me dilacera a alma e me transforma em poeira, tenho tido uma incansável saudade de ti, de seu toque doce e suave, em minha pele, meus lábios, meu corpo todo, meu espírito.
Tenho tido devaneios incoerentes, com você e seus olhos de âmbar, cabelos de ouro e pele reluzente, tenho tido vontade de correr pra ti, te dizer como tem sido minha vida, como ando afundada sem tua presença.
Tenho chorado pela saudade dilacerante, mal consigo dormir pois até mesmo em meus sonhos você me busca, e a sua falta me atormenta, me assola, me fere o peito profundamente.
Alice, tenho corrido todos os dias de manhã na praça central, tenho comido croissant com frequência, e até tomo aquele cappuccino com chocolate extra e amendoim torrado, tudo por ser o mais perto que posso me sentir de você.
Mon amour, douce amour, tenho observado com muita frequência o auto-retrato que me deu antes de ir embora, tenho bebido até dormir ao lado dos poemas q te escrevo desde que nos conhecemos, e tenho acordado sempre assolada pela dor de saber que você só sera uma eterna memória...
Sinto sua falta, Lice, que horas você volta na próxima vida?
