XII - Brinquedo Velho

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"Você não pode ver que está perdida?
Você não pode ver que você está perdida sem mim?
Eu posso sentir o trovão que está partindo seu coração
Eu posso ver através das cicatrizes dentro de você
Eu posso sentir o trovão que está partindo seu coração
Eu posso ver através das cicatrizes dentro de você"

Cirice - Ghost (adaptado)

Ayla ouviu a porta abrir, era meio dia

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Ayla ouviu a porta abrir, era meio dia. Helena raramente vinha almoçar em casa e hoje, para uma feliz coincidência, ela veio.

— É estranho te ver em casa meio dia — a loira comentou puxando um prato do interior da pia.

Mas Ayla não respondeu e suas feições permaneceram sombrias.

— Tenho que te perguntar uma coisa, mãe.

— E o que é? Hum, a comida parece estar uma delícia, filha, o cheiro tá maravilhoso. Que cara é essa, Ayla? Parece que viu uma assombração — de repente um pensamento assombrou o rosto de Helena. — O que aconteceu?

— Por que tu tem um baú com um tabuleiro Ouija manchado de sangue razoavelmente fresco?

Talvez o sangue no baú fosse de Helena porque ele fugiu do seu rosto deixando-a pálida como um cadáver.

— Achei no seu quarto. Mãe, de quem é aquele sangue?

— Por que estava mexendo nas minhas coisas?

— Não mude de assunto.

— Por que estava mexendo nas minhas coisas? — ela disse entre os dentes, quase como um rosnado.

— Eu tava fazendo faxina e...

— Eu pedi?

— O quê?

— Eu pedi pra tu fazer isso?

— Precisa me pedir? Achei que devia cuidar de onde moramos. — Ayla balançou a cabeça percebendo que estavam mudando de assunto. — O que é o baú?

— Onde ele tá?

— De quem é aquele sangue, mãe?

— Sangue?!

Helena paralisou.

— É, manchas de sangue. De quem são?

Mas ela não respondeu porque parecia não ter ideia do que era.

— Eu não sei sobre o sangue...

Ayla engoliu a risada incrédula.

— Então o que é o resto?

— Não interessa.

A loira subiu em direção ao quarto e Ayla foi atrás.

— Fique lá embaixo — Helena ordenou com voz firme.

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